Saímos, por várias razões, vitoriosos da última jornada.
Desde logo pelo triunfo obtido em Braga, por 2-0, num campo em que não será
fácil, aos nossos adversários, vencerem. Também pela afirmação de Renato
Sanches, ainda júnior, a dar passos seguros na sua evolução e a suprimir
algumas carências benfiquistas no meio-campo. Finalmente, pelo fraco nível
exibicional patenteado por Porto e Sporting, o que poderá revelar algumas
limitações das suas equipas, deixando margem, ao Benfica, para procurar a
regularidade que lhe tem faltado e, assim, manter as suas aspirações na
perseguição do tricampeonato, feito alcançado, pela última vez, em 1977.
Mas a passada 2ª feira foi também dia de apresentação dos
Relatórios e Contas relativos ao primeiro trimestre da presente temporada. Pela
leitura dos R&C das SAD dos três candidatos ao título percebe-se facilmente
a opção estratégica tomada por cada uma delas. Neste capítulo, a SAD
benfiquista encontra-se numa percurso que, creio, nos será favorável a
médio/longo prazo.
O FC Porto persiste numa política de investimento
desenfreado, contando com eventuais receitas avultadíssimas da Liga dos
Campeões e da alienação de passes de atletas para equilibrar as suas contas. O
Sporting, antes de saber se obteria apuramento para a LC, se angariaria um
patrocinador principal ou se o processo da Doyen será resolvido a seu favor,
mais que duplicou os custos com pessoal. O Benfica aumentou as receitas e
diminuiu os custos, assumindo que corre um risco desportivo no imediato, mas
lançando as bases para a tão desejada e necessária sustentabilidade
económica-financeira.
Jornal O Benfica - 4/12/2015