Perdoem-me a publicidade em causa própria, mas esta semana
já poderá ser encontrado mais um livro da minha autoria, o “Assim se fez glorioso”, nas principais livrarias e na Benfica Megastore.
Esta obra, escrita em parceria com o Fernando Arrobas, é
dedicada aos jogos mais marcantes do futebol benfiquista. Entre mais de 5.000
partidas, foi difícil destacar apenas 50, apesar de serem muitas mais as
referidas ao longo do livro. Por isso, entendemos que deveríamos revelar os
critérios de selecção dos jogos. Entre estes consta um que, na nossa opinião,
não poderia estar mais de acordo com a filosofia benfiquista: Só incluímos
jogos de competições nacionais ganhas pelo Benfica.
Não obstante a alegria que poderá representar o desfecho de
um jogo, o seu carácter efémero dilui-se no objectivo único do SLB, a conquista
de títulos. Por isso mesmo defendo que não se deve apostar na formação por
decreto ou que os diversos projectos do clube não são fins em si mesmos, constituindo-se
antes como meios para o sucesso desportivo. O Renato Sanches e a BTV são dois
bons exemplos.
O Renato, à semelhança do Simões, Humberto Coelho, Chalana
ou Rui Costa no passado, prova que a qualidade futebolística não requer idade mínima.
Só por teimosia, para não dizer estupidez, deixar-se-ia de aproveitar tanto
talento. E no Seixal há mais a despontar… Quanto à BTV, é de salientar que foi
o seu sucesso que permitiu ao Benfica gozar do poder negocial que potenciou o
excelente acordo com a NOS. É verdade que a BTV regredirá, mas não menos o é
que o Benfica, pelo aumento relevante de receitas, estará em melhores condições
de conquistar mais títulos. Afinal, a missão do clube.
Jornal O Benfica - 11/12/2015