Gloriosa, a temporada da nossa equipa de basquetebol. Apesar
de derrotas inesperadas, de inúmeras lesões de vários jogadores, da
desconfiança sentida aqui e ali e do percalço da Supertaça, foi uma época
brilhante. Depois das conquistas da Taça da Liga e da Taça de Portugal e da
passagem à segunda fase de grupos da competição europeia, eis o Campeonato
Nacional, o sétimo em nove temporadas, o que constitui um sinal inequívoco da
hegemonia benfiquista na modalidade.
O mérito deverá ser reconhecido, desde logo, à direcção,
pela aposta no eclectismo e pela disponibilização dos meios indispensáveis ao
sucesso. Desde que Luís Filipe Vieira foi eleito pela primeira vez, a ideia
abjecta de reduzir o clube a futebol deixou sequer de ser tema de discussão. O
eclectismo faz parte da matriz fundacional do clube, esta direcção honra esse
legado.
Também à equipa técnica e à estrutura, em particular a
Carlos Lisboa, indelevelmente ligado a 17 dos nossos 27 títulos nacionais (10
como jogador, 2 como director e 5 como treinador) e aos seus adjuntos, Nuno
Ferreira e Carlos Seixas, que formaram uma verdadeira equipa no banco. E aos
jogadores, por terem sabido, nos momentos decisivos de uma época difícil,
unir-se em torno dos objectivos do clube. Todos merecem respeito e
agradecimento, mas permitam-me que destaque Tomás Barroso, Nuno Oliveira, João
Soares e Nicolas dos Santos, por terem sabido conquistar um espaço na equipa
que poucos previam.
P.S.1 A vitória ante a Oliveirense em hóquei foi
absolutamente épica e deixa-nos a um triunfo do título. O 25º, na minha
opinião.
P.S.2 Mais um título nacional: Futsal, Sub20. Amargo e
inesperado o afastamento da final da nossa equipa sénior.
Jornal O Benfica - 16/6/2017