Não me parece exagero apelidar de épica a noite em Eindhoven. 64 minutos reduzidos a dez, sendo que o jogador em falta foi tão só Lucas Veríssimo, um habitual esteio da nossa defesa, e o seu substituto natural nesta partida era Vertonghen, convocado após regresso de lesão, frente a um fortíssimo PSV, uma máquina de futebol ofensivo que nos 8 jogos anteriormente disputados já marcara 22 golos.
Os nossos jogadores foram brilhantes! Inexcedíveis no
empenho, superiormente organizados, inabaláveis na adversidade, híper
conscientes da necessidade de entreajuda e magníficos executantes da estratégia
defensiva implementada por Jorge Jesus. Foram sobretudo extraordinariamente
competitivos, personificaram a mística benfiquista e melhor elogio não se lhes
pode prestar.
Estamos apurados para a fase de grupos da Liga dos Campeões
pela 11ª vez nas últimas 12 temporadas, confirmando a ideia de que o desaire da
época passada se tratou de um acidente sob a circunstância inédita da disputa
num só jogo, e fora de portas, do playoff de acesso a esta fase da prova.
Desde o início de temporada que a equipa tem patenteado
mentalidade competitiva fortíssima. Eindhoven foi apenas mais um exemplo, o
mais emblemático, é certo, dessa característica essencial para os grupos que se
querem bem-sucedidos. Em todos os jogos, sem excepção, notou-se sede de vitória
e nada houve a apontar, em momento algum, à sua atitude.
Com este espírito de grupo, focados no cumprimento dos
objectivos, estaremos sempre mais próximos dos triunfos. Frente ao PSV, como em
Moreira de Cónegos, ficou demonstrado que esta é uma equipa à Benfica! Que
assim continue. Como disse Weigl após a partida em Eindhoven, “todos juntos”!
Jornal O Benfica - 27/8/2021