terça-feira, 23 de março de 2021

Números da semana (15)

1

Primeira Taça de Portugal conquistada pelo Benfica no basquetebol feminino depois de, na temporada passada, termos vencido o primeiro troféu ao mais alto nível, a Taça Vítor Hugo. O regresso à actividade é recente e assentou na formação. Em duas épocas subimos da terceira à primeira divisão. Em poucos anos já lutamos por todos os títulos;

2

Diogo Gonçalves fez duas assistências para golo no desafio com o Boavista, sendo o 7º do plantel, na presente temporada, a bisar neste capítulo do jogo. Os anteriores foram Darwin (duas vezes), Everton, Grimaldo, Nuno Tavares, Pedrinho e Pizzi;

60

Com um bis pela segunda jornada consecutiva (o quinto na temporada, o máximo pessoal foram 6 em 2018/19), Seferovic chegou aos 60 golos de águia ao peito em competições oficiais. É o 38º melhor de sempre. No Campeonato Nacional ocupa agora a 33ª posição do ranking dos melhores goleadores benfiquistas, com 45 golos. Não é marcador de grandes penalidades (o que em 2020/21 se torna irrelevante);

82

As nossas equipas femininas de futsal e hóquei em patins deram passos importantíssimos para a revalidação dos respectivos títulos, com triunfos nas visitas aos concorrentes directos. Assinale-se os 82 “jogos oficiais” consecutivos sem conhecermos a derrota no futsal.

126.94

Seferovic marcou 17 “golos oficiais” na presente temporada, estando a 10 do seu melhor registo no Benfica, obtido em 2018/19. Nessa temporada marcou 0.53 golos por jogo, ao passo que na presente leva 0.47. No entanto, se atendermos aos minutos de utilização por golo, Seferovic tem melhor registo em 2020/21 do que em 2018/19: 126.94 vs 141.11 (inclui tempos adicionais: em ambas as temporadas, os jogos tiveram uma duração média a rondar os 96 minutos).

Jornal O Benfica - 19/3/2021

Naming do estádio

A discussão do naming do estádio é apaixonante, embora “estádio da Luz” nem sequer exista, mas sim “estádio do Sport Lisboa e Benfica”, o que não é despiciendo, pois o nome afectivo sempre prevaleceu em detrimento da designação oficial, o que continuará a ser sempre o caso entre os benfiquistas mais militantes.

Este tema recrudesceu com o anúncio, esta semana, de uma parceria comercial exclusiva entre o Sport Lisboa e Benfica e WME Sports, a agência de representação desportiva e entretenimento líder a nível mundial, para a angariação de um patrocinador para o estádio e para o Benfica Campus. Logo surgiram alguns benfiquistas a rasgarem as vestes, proclamando aos céus angústias da mais variada espécie, algumas delas eivadas de anacronismo e grosseiro conservadorismo.

Já se vê, portanto, que sou a favor do naming do estádio – um passo que me parece óbvio na exploração comercial da marca Benfica – contra o pagamento de um montante avultado, naturalmente.

Esta possibilidade, a concretizar-se, nem sequer será novidade no clube. Há as bancadas do estádio, o Benfica Campus já foi o Caixa Futebol Campus e temos o pavilhão Fidelidade (assim como já houve o pavilhão EDP). E esta é uma prática já há muito implantada no desporto a nível global, até no híper conservador mundo do futebol, não me parecendo que os clubes empreendedores neste domínio tenham sido assolados por crises identitárias ou desportivas.

Acompanhar os tempos é essencial. A concorrência, hoje, não se limita às esferas desportiva e associativa; também se nota, e muito, no âmbito comercial. E aqui fica um truísmo, mas que convém ser relembrado: quanto maior for a nossa capacidade de gerar receitas comerciais, mais perto estaremos de conquistar títulos.

Jornal O Benfica - 19/3/2021

sexta-feira, 12 de março de 2021

Números da semana (14)

2

Grimaldo fez duas magníficas assistências para golo frente ao Belenenses, SAD, totalizando agora 6 em competições oficiais na presente temporada (35 desde que chegou ao Benfica). O líder da equipa é Darwin, com 8, seguido de Everton, com 7. Grimaldo e Rafa ocupam a terceira posição;

3

Triunfos consecutivos sem sofrer qualquer golo da nossa equipa de futebol. Trata-se de um registo que ocorre pela primeira vez na temporada, dando robustez à ideia de melhoria evidente da organização defensiva da equipa e, também, da evolução positiva pós surto de covid;

4

Seferovic bisou pela quarta vez nesta temporada e soma 15 golos desde o começo da época. Em 2018/19, fê-lo em seis ocasiões, o seu máximo numa temporada de águia ao peito. Em 170 jogos, incluindo particulares, pelo Benfica, Seferovic marcou 64 golos, um pecúlio que o coloca na 50ª posição no ranking de goleadores benfiquistas (58 em competições oficiais – 38º; 43 no Campeonato – 34º);

17,30

Distância percorrida no triplo salto que valeu a medalha de ouro no Campeonato da Europa de atletismo em pista coberta a Pedro Pichardo. E já que alguns parecem ter dificuldades em dizê-lo na hora da vitória, relembro que é atleta do Benfica;

21,28

E Francisco Belo ficou a escassos três centímetros de subir ao pódio no lançamento do peso. Não trouxe uma medalha na bagagem, mas está de parabéns. Lançou, pela primeira vez na carreira, para lá dos 21 metros e estabeleceu o recorde nacional na especialidade;

94

Passados 94 “jogos oficiais”, o Benfica voltou a ter um golo marcado, por um seu jogador, sem ser com os pés ou a cabeça. Frente ao Belenenses, SAD, Lucas Veríssimo fez o gosto ao peito. Rafa, na penúltima jornada da Liga NOS 2018/19, socorreu-se do joelho esquerdo.

Jornal O Benfica - 12/3/2021

Ouro

Sou daqueles apreciadores do atletismo das grandes ocasiões. Gosto, mas falta-me o hábito de ver. Se, por acaso, der com a fase decisiva de uma prova importante na televisão, não mudo de canal. Abençoado mediatismo, devo reconhecer, o dos Jogos Olímpicos, que me impede, de quatro em quatro anos, de ignorar olimpicamente (não resisti) a modalidade.

Gosto particularmente das especialidades “mais técnicas” – se é que esta categorização existe – e das provas de velocidade. Provas longas de corrida aborrecem-me; afinal, correr, para mim, só com uma bola nas mãos ou nos pés. E a resistência diz-me pouco. Entusiasmam-me, sobretudo, a destreza física e a técnica inerentes às tais especialidades “mais técnicas”.

E leva-me a colocar algumas interrogações que me parecem interessantes, convidativas à reflexão, sem desdém ou falta de respeito.

Por exemplo, o que motiva alguém a dar os primeiros passos no lançamento do martelo? Ou por que razão, não obstante as prováveis indicações médicas em contrário, há pessoas que correm com uma vara na mão para se elevarem aos céus? Será que os atletas vencedores são, de facto, os melhores? Ou, pelo contrário, outros haverá, nas modalidades mais populares, que se acaso tivessem praticado uma especialidade desde a infância estabeleceriam recordes e se tornariam campeões crónicos?

Como se vê, o meu interesse por atletismo só não é filosófico porque é meu. Já o de uns poucos, como agora novamente demonstrado com o ouro de Pichardo, apesar de inegavelmente apaixonado, informado e intenso, teima obstinadamente em escamotear o papel do Benfica neste sucesso. Na página da IAAF não constam recordes de contorcionismo intelectual, de outro modo pululariam as medalhas de ouro em Portugal.

Jornal O Benfica - 12/3/2021

quinta-feira, 4 de março de 2021

Números da semana (13)

3

Pizzi passou a ser o terceiro com mais jogos pelo Benfica, incluindo particulares, no actual estádio da Luz (158). Os restantes integrantes do pódio são Maxi Pereira (169) e Luisão (273). Passou ainda a ser o 24º com mais “jogos oficiais” pelo Benfica, com 316, superando o registo de Diamantino (incluindo particulares, é o 35º);

8

Chegou ao fim, no campo do Estoril, líder da Liga SABSEG, a invencibilidade da nossa equipa B desde que Veríssimo assumiu o cargo de treinador. Foram 8 jogos consecutivos invencível, somando 14 pontos. Nas 13 partidas anteriores conseguira apenas 13;

8,2

Lucro da Benfica, SAD no 1º semestre de 2020/21. Isto num período em que se verificou um decréscimo acentuado de receitas, devido à pandemia e ao não apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões, e foi feito o maior investimento de sempre na equipa de futebol;

44

Com o golo apontado ao Arsenal, Rafa ficou à porta de entrar no top 50 dos melhores marcadores de sempre do Benfica em “jogos oficiais”. Igualou Paneira em golos marcados, mas fê-lo em menos 120 jogos que a glória benfiquista;

56

E Seferovic marca agora presença no top 40. Os 56 golos marcados igualam o pecúlio de Luís Xavier, grande jogador na década de 30 do século passado. No Campeonato Nacional leva 41 golos, ocupando a 36ª posição entre benfiquistas;

250

Vitórias do Benfica em competições oficiais com Jorge Jesus ao comando da equipa, logrando uma percentagem de triunfos próxima dos 69%. Considerando apenas os treinadores com mais de 50 jogos, Jesus é superado, neste indicador, por Hagan, Riera, Biri, Guttmann, Mortimore e Baroti. Apenas os dois últimos serviram o clube desde a década de 80;

*Não inclui o Benfica – Estoril.

Jornal O Benfica - 5/3/2021

O maior benfiquista

Começo por saudar todos os consócios que receberão, este ano, os anéis de platina e emblemas de dedicação.

Nunca celebrei efusivamente o meu aniversário, nem ansiei, com duas excepções, pela chegada a determinada idade. As tais excepções remetem para a vontade de ter carta de condução e, sete anos mais tarde, por chegar a minha vez de receber o emblema de prata. Em 2027 farei 50 anos – confesso estranheza pelo que acabei de escrever – mas é o final de fevereiro do ano seguinte que conta, o da entrega do meu emblema de ouro.

Na semana passada, num exercício anual que muito me satisfaz, perscrutei a lista publicada no O Benfica e reconheci alguns nomes, mas destaco o que, porventura, pertence ao maior benfiquista vivo, o José Fardilha.

Não há quem se lhe compare na militância e não lhe faço qualquer favor ao afirmá-lo. Será, muito provavelmente, o único para quem um jogo da equipa A de futebol e um desafio de uma equipa da formação de basquetebol, ou qualquer outra modalidade, tem o mesmo valor absoluto. É um jogo do Benfica, ponto.

Certa vez vimo-lo aborrecido, apesar do fim-de-semana desportivo estar a correr de feição. Soubemos, então, que não seria bem o caso. Perdêramos por 4-0 com o Sporting nos benjamins C de futebol.

É assim o “Zé”, sempre pronto a questionar dirigentes, treinadores ou atletas, os quais nunca lhe negam uma resposta por lhe reconhecerem a inigualável dedicação que presta ao clube. Vê jogos e treinos, só não vê os que se sobrepõem, para enorme desgosto dele. Não haverá um único atleta que tenha passado pela formação das muitas modalidades do Benfica nos últimos 50 anos que não saiba de quem estou a falar. Grande abraço benfiquista, amigo Zé!

Jornal O Benfica - 5/3/2021

Números da semana (12)

0

Só não é uma repetição da semana passada porque 1) deveria ter sido assinalada grande penalidade a castigar uma falta na área do Farense sobre Rafa, adensando os contornos de escândalo desta época; 2) Agora é inédito. É a primeira vez que o Benfica não dispõe de qualquer penálti a seu favor nas primeiras vinte jornadas do Campeonato Nacional (excluem-se, obviamente, as 10 edições com menos do que 20 jornadas);

2

Foi apenas a segunda vez que o Benfica foi visitado em casa alheia desde a inauguração deste estádio da Luz em 25/10/2003. O Benfica – Arsenal, em Roma, foi antecedido pelo Benfica – Gil Vicente, a contar para a Taça da Liga, na temporada 2013/14, disputado no estádio do Restelo;

3

Pizzi tornou-se no 3º melhor marcador de sempre do Benfica na Liga Europa / Taça UEFA (9 golos, igualando Simão, que participou em mais 9 jogos). Nas competições europeias, Pizzi é agora o 8º melhor de águia ao peito, com 14 golos (é o 24º em todas as competições oficiais, com 90). Sublinhe-se que, após o desafio da primeira mão com o Arsenal, Pizzi liderava os marcadores, com 7 golos, na presente edição da Liga Europa;

15

Pontos de distância para o líder do campeonato à 20ª jornada. Manifestamente inesperado tendo em conta os vários campeões no plantel, o elevado investimento em atletas internacionais e a chegada de um técnico cujo currículo está recheado de títulos, incluindo ao serviço do Benfica;

66,7%

Esta percentagem só é relevante para quem ler esta edição do jornal O Benfica na 5ª feira. O Benfica empatou a uma bola na primeira mão de uma eliminatória da UEFA, quando disputada em casa, pela 7ª vez. O apuramento foi conseguido em 4 das 6 ocasiões anteriores;

*Não inclui o Arsenal – Benfica.

Jornal O Benfica - 26/2/2021

O grito

Se me fosse dado a escolher um quadro para ilustrar a época futebolística do Benfica até ao momento, julgo que a celebérrima obra-prima de Munch, “O Grito”, seria a mais adequada. Não apenas por tudo o que se tem passado, mas também pelo manifesto contraste em relação às expectativas iniciais.

O presidente do inédito tetra, do tri 39 anos depois, do bi passados 31 anos e da dobradinha que não acontecia há 27 anos, adjuvado por uma estrutura que contribuíra indelevelmente para o retumbante sucesso de anos anteriores, optou pelo regresso de um dos treinadores mais titulados na história do Benfica, e que cuja enorme competência quase ninguém colocou em causa. Acresceu o avultado investimento no apetrechamento do plantel, promovendo-se a contratação de vários internacionais de países consagrados no futebol.

O resto todos sabemos: Eliminação precoce da Liga dos Campeões, num só jogo e em terreno adversário; Saída de Rúben Dias e lesão de André Almeida; Subsequente necessidade de refazer a defesa e instabilidade defensiva que urgiu travar enquanto a sobrecarga do calendário não permitia treinar; Casos de Covid a surgirem e a minarem a equipa até que o surto dizimou o plantel e a estrutura; E péssimas arbitragens que acentuaram o período negativo e objectivamente prejudicam-nos na classificação.

Munch inscreveu no seu “O Grito” que “só pode ter sido pintado por um homem louco!”. Pois só também um louco poderia imaginar esta época até agora. Porém ainda não terminou. Temos de ser sempre mais fortes que os adversários, incluindo árbitros, e mais eficazes na finalização. As condições dadas à equipa são óptimas, o treinador tem currículo robusto e os jogadores de certeza que não desaprenderam.

Jornal O Benfica - 26/2/2021

Números da semana (11)

0

Continua a saga das grandes penalidades sonegadas ao Benfica na presente edição da Liga NOS. É preciso recuar a 1945/46 (se não me escapou algum castigo máximo nessa época) para encontrarmos uma temporada em que o Benfica não teve qualquer penálti assinalado a seu favor nas 19 primeiras jornadas;

2

E só em Moreira de Cónegos foram dois os lances passíveis de penálti na área do nosso adversário. Desconheço o que é necessário para averbar uma grande penalidade a favor do Benfica nesta época, mas tendo em conta o desafio frente ao Moreirense, já sabemos que uma bofetada e um toque faltoso no pé esquerdo não são suficientes;

6

E com tudo isto são seis os pontos, só nas últimas cinco jornadas, que poderíamos ter somado mais, não fossem os erros gritantes de arbitragem. Teria a equipa feito melhores exibições caso tivesse beneficiado, como deveria, desses penáltis e os tivesse convertido? Não sei, mas estaria melhor classificada, disso não há dúvida. E nem teria sido necessária boa vontade dos árbitros, bastaria a aplicação de critérios semelhantes em algumas das grandes penalidades atribuídas a Porto e Sporting;

13

Pontos que nos separam da liderança, algo que seria inimaginável ao fim das primeiras cinco jornadas, em que atingimos o pleno de triunfos. O calendário sobrecarregado, a Covid e as arbitragens desastrosas ajudam a explicar este percurso, mas há também que melhorar o nível exibicional da equipa e, sobretudo, a eficácia diante da baliza;

55

Com os dois golos marcados esta semana, Seferovic atingiu a marca dos 55 golos e igualou o pecúlio obtido por Jesus Crespo, o 40º melhor marcador do Benfica em competições oficiais;

*Não inclui o Benfica – Arsenal.

Jornal O Benfica - 19/2/2021

Já enjoa

Espero não poder confirmá-lo, mas muito me enganaria se, na impensável situação do afastamento precoce do (pelo menos) apuramento para a Liga dos Campeões, eclodisse, como que misteriosamente, um festival de penáltis a nosso favor, justos e forçados, talvez até inventados, e de erros incompreensíveis e expulsões aviltantes, para que os sempre sapientes comentadores da bola, especializados em generalidades e sempre obstinados na costumeira arte de não se ferir susceptibilidades, pudessem afirmar, sem se desmancharem, que “entre o deve e haver tudo se equilibra ao longo de uma época”. E como o que fica é sempre a última impressão, que não se duvide da pronta instrumentalização, desvirtuação e manipulação que os propagandistas do costume empreenderiam, pois a eles nunca lhes basta: haverá sempre um jogo ou temporada seguinte a condicionar.

A profusão de erros de arbitragem penalizantes à nossa equipa é um atentado à verdade desportiva. O que passou em Moreira de Cónegos foi inqualificável. Vertonghen levou um tabefe na área adversária, o qual foi absurdamente ignorado pela equipa de arbitragem. Escassos minutos depois comprovou-se o enviesamento decisório: lance semelhante, decisão díspar. Não dar penálti a favor do Benfica facilita.

E Weigl? O vídeoárbitro interveio, sem que se justificasse, para dar a indicação de que a decisão era passível de revisão. Este reviu e decidiu mal. E a vida continua, paciência, para a semana há mais.

Enquanto uns fabricam indignação e se expõe ao ridículo e outros vão cantando e rindo, nós digladiamo-nos para ver qual de nós é mais célere a apontar debilidades próprias, como se a necessidade de autocrítica, que existe, ilegitime a defesa aos ataques que nos são dirigidos...

Jornal O Benfica - 19/2/2021

Números da semana (10)

5

A magistral jogada de Everton no início do jogo com o Famalicão resultou no 10º golo de Darwin na temporada. Everton tem agora 5 assistências e só o jovem uruguaio (8) e Rafa (6) fizeram mais;

60

Anos desde que o Benfica não teve uma grande penalidade assinalada a seu favor na primeira volta do campeonato, um registo inacreditavelmente repetido em 2020/21, dadas as situações ocorridas e o facto de ser a segunda equipa com mais ações na área adversária da Liga NOS. Note-se, no entanto, que então cada volta tinha menos quatro jornadas que na actualidade e não havia vídeoárbitro;

150

Jorge Jesus chegou às 150 vitórias no Campeonato Nacional ao serviço do Benfica. Fê-lo em 202 partidas, com uma percentagem de triunfos de 74,26%, a segunda melhor entre os treinadores benfiquistas com mais de 100 jogos na prova. Os 2,76 golos marcados por jogo com Jorge Jesus é o melhor registo desde Jimmy Hagan (2.8);

200

Jogos de Grimaldo de águia ao peito, incluindo particulares. É o 93º no ranking e o quinto considerando apenas os elementos do actual plantel (precedido por Pizzi, Jardel, André Almeida e Samaris);

157

Pizzi passou a ser, a par de Cardozo, o terceiro futebolista com mais jogos pelo Benfica no actual estádio da Luz (incluindo particulares) e está a apenas 12 de alcançar Maxi Pereira, o 2º. Considerando todos os palcos, ultrapassou também o paraguaio no ranking e é agora, com 337 jogos, o 37º;

2508

Vertonghen foi o primeiro do plantel a superar os 2500 minutos de utilização nesta época em competições oficiais (inclui tempos adicionais). Darwin, Vlachodimos, Rafa e Everton são os restantes a superar os dois milhares de minutos.

*Não inclui o Estoril-Benfica

 Jornal O Benfica - 12/2/2021

Sem título...

... porque, muito sinceramente, apetece-me repetir o da semana passada, que já era uma repetição da anterior. “Vamos melhorar”, estou cada vez mais convicto!

A receita é simples, caso necessite de ajuda: Junte umas pitadas de reconhecimento da competência da equipa técnica e plantel, uma colher de paciência, uma mão cheia de esperança e uma dose de noção dos constrangimentos que a equipa tem atravessado. Remova o pessimismo, elimine excrescências fatalistas e evite identificar pontos fracos. Deixe apurar e junte-lhe benfiquismo a gosto. Quando a mistela estiver avermelhada, inspire-se na combatividade e foco manifestados por Jorge Jesus e Otamendi na flash interview após o jogo com o Famalicão para decidir quando dar por concluída a poção. Ingira-a sem privações e deixe-se iludir pois a ilusão, como disse Balzac, é uma fé desmedida, à semelhança, acrescento eu, do benfiquismo.

E assim consiga a nossa equipa reencontrar-se, começar a somar vitórias e restaurar os níveis de confiança, assistiremos a uma erupção de benfiquismo, qual lava imparável e indomável, a fazer de cada casa onde haja um benfiquista epicentro de entusiasmo e crença num Benfica ganhador. É sobejamente conhecido o efeito que isso provoca no outro lado da 2ª circular: Se a Luz é Vesúvio em actividade, o José Alvalade torna-se Pompeia.

“Vamos melhorar” é o meu mantra, pois prefiro a desilusão à resignação. Acreditar é um acto de benfiquismo, nunca desistir uma obrigação. Cinjamo-nos a factos: quando escrevi a crónica da semana passada não dependíamos de nós próprios para alcançarmos o segundo lugar, como é agora o caso. Façamos o nosso trabalho e aproveitemos as eventuais oportunidades. Somos o Benfica!

Jornal O Benfica - 12/2/2021

Números da semana (9)

8

Terminou aquela que era já a série mais longa de jogos sem derrota (quatro vitórias e quatro empates) no reduto do Sporting a contar para o Campeonato Nacional. Desde 2012 que não perdíamos em Alvalade;

9

Distância pontual que nos separa da liderança da Liga NOS. Há atenuantes que explicam, em parte, este percurso, mas é sobretudo surpreendente que, à 16ªjornada, dado o forte investimento no plantel e o regresso de um treinador com provas dadas no clube, esta seja a situação em que nos encontramos (a pontuação alcançada pelo líder Sporting é ainda mais surpreendente);

43

Rafa tem sido dos jogadores que mais tem tentado contrariar o mau momento que a nossa equipa de futebol atravessa. Chegou aos 43 golos em competições oficiais ao serviço do Benfica, um registo que o coloca na 52ª posição do ranking dos goleadores (43º no Campeonato Nacional, com 32). Fê-lo em 163 jogos (agora tem 164), o que perfaz uma média ligeiramente superior a um golo a cada quatro jogos. Desde 2018/19, marcou 38 golos em 108 jogos. No actual estádio da Luz, incluindo particulares, ascendeu à 13ª posição nos goleadores e à 17º nas assistências;

53

Chegou ao fim, na semana passada nos Açores com o Fonte do Bastardo, a extraordinária série de vitórias consecutivas, no plano nacional, da nossa equipa de voleibol. Não perdíamos desde o primeiro jogo da final da ronda de elite em 2018/19, na qual nos sagrámos campeões nacionais;

451

Dias de ausência de Tomás Barroso, o capitão da nossa equipa de basquetebol, devido a uma lesão muito grave. E que bom foi vê-lo regressar, em Guimarães, a marcar seis pontos, a contribuir para a vitória e sobretudo a sorrir em campo novamente.

Jornal O Benfica - 5/2/2021

Vamos melhorar!

Começo como terminei na semana passada: melhores tempos virão. Não se trata de profissão de fé ou lapalissada, mas antes da constatação, que me parece evidente, da competência da equipa técnica e do plantel, além do reconhecimento das várias condicionantes prejudiciais à evolução da equipa, com enfâse no surto de Covid-19.

Esse reconhecimento, apesar de justo, não configura, no entanto e do meu ponto de vista, razão suficiente para justificar integralmente a época bastante aquém das expectativas até ao momento. Melhor poderia e deveria ter sido alcançado, restando-me agora confiar em quem já demonstrou bastas vezes saber lidar com situações adversas, redefinindo, nessas ocasiões, pelo acerto das decisões tomadas, os horizontes avistados.

O tempo jogará a nosso favor. A progressiva reintegração de atletas significará, necessariamente, uma subida qualitativa do ponto de vista colectivo. Haverá melhores contributos individuais, mais entrosamento e espera-se, verificando-se o regresso a um ciclo positivo, o incremento gradual dos níveis de confiança.

Poderá é já não haver tempo suficiente, mas tratemos do que podemos controlar. Façamos o nosso papel, que é o de encarar cada jogo como uma final e ganhar cada uma delas. Estou convicto de que, nesse caso, reentraremos seriamente na discussão do título.

Julgo não me estar a ludibriar ao pensá-lo, pois creio sinceramente nessa possibilidade. E creio-o por não aceitar a ideia absurda de que Jorge Jesus tenha desaprendido o que é preciso para ser campeão no Benfica e por acreditar sem reservas na qualidade do nosso plantel, imperfeito, porventura, mas suficiente para superiorizar-se a todo e qualquer adversário nas competições nacionais.

Jornal O Benfica - 5/2/2021

Números da semana (8)

10

Ausentes devido à Covid-19. E, como se não bastasse a razia no plantel, esta ainda se tornou mais grave pelo infortúnio de incidir em três posições. Vejamos: na baliza, nem Vlachodimos nem Helton Leite. Nas laterais, Gilberto, teoricamente o suplente do lesionado André Almeida, e Grimaldo não puderam ser substituídos pelo adaptado Diogo Gonçalves e Nuno Tavares. Ao meio, os indiscutíveis Otamendi e Vertonghen também de fora das opções;

15

Jornadas na Liga NOS sem uma única grande penalidade a favor. E já houve lances, uns evidentes, vários duvidosos, que mereceriam mais e melhor análise. Face ao contraste com as realidades sportinguista e portista, é deveras preocupante;

23

Posição do Benfica no ranking da Delloitte Money League relativo aos clubes que mais receitas operacionais, excluindo alienações de passes de jogadores, fizeram em 2020. Zenit (15º), Benfica e Ajax (27º) são os únicos clubes não pertencentes às cinco ligas mais ricas que constam no top 30. De acordo com os critérios utilizados pela Delloitte (por exemplo, inclui quotização e merchandising, as quais são registadas no clube e não na SAD), o Benfica facturou 170,3 milhões de euros em 2020, não considerando as receitas com a venda e empréstimo de atletas, um montante já significativamente afectado pela pandemia (em 2019 atingira 197,7 milhões de euros);

34

Jogadores utilizados por Jorge Jesus na presente temporada em apenas 28 partidas de competições oficiais (não inclui Belenenses, SAD);

50

Jogos de Chiquinho em competições oficiais pelo Benfica (frente ao Nacional). Marcou o seu 6º golo, escassos minutos após ter visto um tento da sua autoria bem anulado por fora-de-jogo no início da jogada a João Ferreira;

Jornal O Benfica - 29/1/2021

Vamos melhorar!

Todos nos recordamos da celebérrima tirada de Jorge Jesus, instado a comentar a propalada saída de Matic em janeiro de 2014. Desde então, sempre que há notícias de várias ausências na equipa do Benfica, logo há quem arremate as conversas com o concludente “Joga o Manel”.

O problema, agora, é que o Manel tem Covid. E também o Tó e o Zé. Se calhar até o Cajó, veremos na próxima bateria de testes.

Daqueles que se previa pertencerem ao quarteto defensivo titular do Benfica após a saída de Rúben Dias (André Almeida, Otamendi, Vertonghen e Grimaldo), nenhum esteve disponível nos recentes jogos com o Braga e o Nacional. Nem Gilberto e Nuno Tavares, os laterais suplentes. Ou mesmo Diogo Gonçalves, adaptado várias vezes a lateral direito. A agravar o cenário, tanto Vlachodimos como Helton Leite, os dois guarda-redes utilizados, viram-se igualmente impossibilitados de jogar. Exceptuando o caso de André Almeida, todos se devem à Covid-19.

Desta situação inusitada resultam diversos problemas. Desde logo, a redução da qualidade individual à disposição do treinador; por alguma razão uns são titulares e outros suplentes. Também alguma eventual descoordenação entre colegas de sector, seja pela menor utilização de cada um dos elementos, o que potencia erros individuais, seja pela falta de rotinas colectivas. E, naturalmente, os níveis de confiança são abalados. Como se não bastasse, há ainda a inexistência de tempo para treinar devido à sobrecarga de jogos e a própria menor qualidade de treino em virtude de condicionantes protocolares e a evidente perda momentânea de competitividade do plantel.

Sem se ter tudo isto em conta, torna-se estéril qualquer análise aos desaires recentes. Melhores tempos virão!

Jornal O Benfica - 29/1/2021

Números da semana (171)

1 O Benfica conquistou, pela 1ª vez, a Taça FAP de andebol no feminino; 3 Di María isolou-se na 3ª posição do ranking dos goleadores b...