E por falar em cartilhas… Bastou o Benfica ganhar um jogo
para que os vídeoparvos saltassem a terreiro com as suas verdades alternativas.
É caso para dizer que entre insolventes e papagaios não há quaisquer falhas de
comunicação. Se eu pudesse provar que estão coordenados, recomendá-los-ia para
gestores do SIRESP. Espero que continuem, é sinal de que consideram o Benfica
um adversário temível.
Enfim, ganhámos indiscutivelmente na deslocação à Vila das
Aves, numa partida em que Rui Vitória manteve a aposta em Svilar, Rúben Dias e
Diogo Gonçalves (porque são bons jogadores e não pela sua tenra idade), além de
ter tido a coragem de decidir de acordo com as suas convicções, ao remeter para
o banco o indiscutível Pizzi. Pouco me interessa agora se foi uma boa ou má
decisão, mas valorizo ter sido aquela que, naquele jogo em particular, o nosso
treinador achou ser a melhor. Parece-me fundamental que não se olhe aos nomes
nas camisolas – o importante é o emblema. E o Pizzi, que tanta qualidade tem
acrescentado à equipa desde que chegou ao clube, e não obstante ter começado o
jogo no banco, entrou com a atitude do campeão que é e desempenhou um papel
importante na nossa vitória.
E por falar em nomes nas camisolas, há um que nos remete
imediatamente para conceitos futebolísticos como classe e faro de baliza:
Jonas. Com o bis alcançado no passado fim-de-semana, o brasileiro, com 97
golos, passou a ser o 20º melhor marcador da história do Benfica em competições
oficiais (e o 16º no Campeonato Nacional). É o segundo melhor estrangeiro de
sempre, ainda distante dos 172 de Cardozo, mas marca mais dois golos a cada dez
jogos em média do que o paraguaio. Notável!
Jornal O Benfica - 27/10/2017