segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Rumo ao tetra

Não vi falta de empenho ou sequer de qualidade. Penso, no entanto, que a abordagem ao jogo frente ao Vitória de Setúbal foi errada por me parecer demasiado cautelosa (além de Pizzi, cuja capacidade futebolística é, do meu ponto de vista, indiscutível, estar talhado para outras funções que não aquela que tentou, sem sucesso, desempenhar na última jornada). Diz-se, na gíria, que demos uma hora de avanço. A falta de sorte e a permissividade do árbitro quanto ao antijogo do nosso adversário completou o ramalhete.

É fácil encontrar soluções para problemas que já ocorreram enquanto, sentado na secretária em frente ao computador ou mesmo na bancada, constato as consequências das decisões tomadas por quem, em tempo útil, as teve de tomar. Ademais, por ter a oportunidade de conviver, desde muito novo, com vários treinadores de basquetebol do Benfica, sei que são inúmeras as variáveis que contribuem para a tomada de decisão, sem que a maior parte delas seja, até por necessidade, do conhecimento público.

Por isso, mas também, e principalmente, pelo percurso que Rui Vitória tem feito ao comando da nossa equipa de futebol, sou incapaz de encontrar na sua pessoa o único culpado deste empate. Até porque, se nenhuma outra razão existisse, o nosso treinador é sempre o primeiro a partilhar os louros do sucesso, pelo que seria injusto torná-lo no epicentro dos insucessos ocasionais.


Rui Vitória, a quem reitero todos os elogios que lhe tenho feito desde que chegou ao Benfica, merece, portanto, uma palavra de apoio e a evocação de que, contrariamente ao que alguns pessimistas militantes logo se prestaram a agoirar, confio que saberá, como na temporada passada, trilhar o seu caminho.

Jornal O Benfica - 26/8/2016

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