terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Legais

Sorte? 21 remates, umas dez oportunidades de golo, centrais metamorfoseados em Baresis… E dizem eles que fomos bafejados pela sorte em Chaves porque, perante uma excelente equipa, procurámos a vitória incessantemente, dominámos a partida especialmente na segunda parte e apenas conseguimos ganhar com um golo no tempo adicional, como se esse tempo não fizesse parte do jogo. Sorte é ter um Pizzi com visão de jogo extraordinária e rara habilidade para passar a bola em profundidade, um Rafa que seria titular indiscutível em qualquer outra equipa do campeonato e um Seferovic, contratado a “custo zero”, que chegou, tem marcado e vencerá.

Mudando de assunto, quero dizer aos nossos consócios com as quotas em dia e detentores de Red Pass no piso 0 dos topos sul e norte do estádio da Luz, que não são ilegais. Era só o que faltava que alguém vos pudesse obrigar a constituírem-se em associação de adeptos organizados. O ponto 3 do artigo 46º da Constituição da República Portuguesa é claríssimo: “Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação nem coagido por qualquer meio a permanecer nela”.


Será que, à semelhança do que acontece noutros clubes, não poderiam encontrar 30 ou 40 pessoas que não se importassem de “dar o nome” e, assim, constituírem uma “claque”? Eu não o faria! Bem à portuguesa, tornar-se-iam “legais”, mas contornando a lei, que é o que tem sido feito desde que esta entrou em vigor. A mesma que especifica que “é expressamente proibido o apoio (…) a grupos organizados de adeptos que adoptem sinais, símbolos e expressões que incitem à violência, ao racismo e à xenofobia (…)”. Chapecoense, Eusébio, SLB, SLB… Portugal é um país faz de conta…

Jornal O Benfica - 18/8/2017

Números da semana (167)

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