terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Nulla in mundo pax sincera

Lembro-me de ter dez ou onze anos e folhear o livro “Benfica, 85 anos de história”, escrito por Carlos Perdigão, António Manuel Morais e José de Oliveira. Nos anos seguintes li e reli a obra, o que me despertou a curiosidade por querer saber mais sobre a história do nosso clube. Sendo filho de um benfiquista cujo gosto por partilhar os seus vastos conhecimentos sobre o glorioso é inexcedível, calculo que a posse daquele livro e a vontade de agradar ao meu pai tenha sido a simbiose perfeita para querer aprofundar a minha cultura benfiquista desde tenra idade.

Em 1994, por altura do 90º aniversário do Sport Lisboa e Benfica, os autores citados e João Loureiro dedicaram o seu tempo e sabedoria à publicação do extraordinário “Benfica, 90 anos de glória”, um livro de grande formato, com mais de trezentas páginas, que perscrutei avidamente. Desde então li integralmente inúmeros livros sobre o Benfica, incluindo a obra inspiradora e monumental de Mário de Oliveira e Rebelo da Silva, de 1954, sobre a história do SLB nos seus então 50 anos de vida, ou o “100 anos de lenda”, de Carlos Perdigão, só para citar os melhores.


Em nenhum deles consta o tetracampeonato. Nem mesmo em nenhum dos cinco livrinhos que tive o prazer de escrever, nem mesmo de outro de que fui organizador, apesar do último ter sido escrito e publicado em 2016. Em nenhum! E esse tetra e os seus protagonistas figurarão certamente em todo e qualquer livro ainda por escrever sobre a história do Benfica. A contestação aos obreiros do tetra passados escassos meses dessa conquista, por infundada que possa ser, é legítima. Já os insultos nem sequer merecerão uma triste nota de rodapé.

Jornal O Benfica - 6/10/2017

Números da semana (171)

1 O Benfica conquistou, pela 1ª vez, a Taça FAP de andebol no feminino; 3 Di María isolou-se na 3ª posição do ranking dos goleadores b...