terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Cidade desportiva

Foi com enorme satisfação que acolhi a notícia da construção da cidade desportiva das modalidades. É mais uma prova, se necessário fosse, que as direcções presididas por Luís Filipe Vieira encaram seriamente o eclectismo, parte integrante da matriz fundacional do nosso clube. Poderá parecer um mero pormenor, mas fui dos que esteve presente, e votou contra, numa célebre Assembleia-Geral realizada no Casal Vistoso em que o investimento nas modalidades foi colocado em causa.

O Sport Lisboa e Benfica, reduzido ao futebol, não seria o Sport Lisboa e Benfica, o principal promotor do desporto em Portugal. E não teria à sua disposição um instrumento poderoso para a expansão do benfiquismo e potenciação da transformação de adeptos em sócios. Os milhares de atletas e seus familiares têm, nas modalidades, uma oportunidade de representarem e/ou contribuírem para o crescimento do clube, reforçando o seu sentimento de pertença. A aposta nas modalidades é um sustentáculo do clube a longo prazo. Não percebê-lo é não perceber o Benfica.


Claro que o Benfica, à semelhança da sociedade, não é imutável. Confesso-me saudosista da cidade desportiva do estádio da Luz, em que a prática de todas as modalidades era quase inteiramente lá concentrada e era possível conviver com outros sócios durante a semana. Porém, os tempos mudam, a pressão imobiliária fez-se sentir e a vida moderna desvalorizou o lado recreativo dos clubes em detrimento das famílias. Sinto nostalgia, mas também pragmatismo. O Benfica, mais que se adaptar aos tempos, deve tentar marcar o seu ritmo. É o que está a fazer com mais esta obra, fundamental para a formação de atletas e transmissão dos valores benfiquistas.

Jornal O Benfica - 29/9/2017

Números da semana (171)

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