A contratação de Carlos Morais, considerado o melhor
basquetebolista angolano nos últimos anos, é uma grande notícia. Antes de mais
pela qualidade do atleta, indiscutivelmente acima da média, não fosse Angola um
país com enormes pergaminhos na modalidade. Também pelas primeiras impressões
que o jogador deixou na sua apresentação: Ponderado, inteligente, conhecedor da
realidade do nosso basquetebol e assumidamente benfiquista. Finalmente, por
reforçar a ligação do Benfica a um povo cujos laços históricos a Portugal
reflectem-se, no presente, sobretudo à língua e à afectividade pelos clubes
desportivos.
Entre nós, talvez não se tenha bem noção que, em Angola, o
basquetebol é tão popular quanto o futebol. Aliás, Carlos Morais tem sido
requisitado para emprestar a sua imagem às principais empresas angolanas. Não
por acaso, duas das maiores figuras da história do desporto angolano são
antigos basquetebolistas, tão só José Carlos Guimarães e Jean-Jacques. Ambos
notabilizaram-se ao serviço do Benfica e, com o seu contributo nos anos 80 e
90, tornámo-nos hegemónicos a nível nacional e marcámos presença entre os
melhores da Europa.
P.S.1 José Gomes tornou-se, de acordo com os registos
disponíveis, o quarto mais novo de sempre a estrear-se na equipa de honra de
futebol do SLB em jogos de competições oficiais. Hugo Leal, Espírito Santo e
Chalana mantêm-se no topo da lista.
P.S.2 Nem o penálti evidente sobre Rafa em Arouca, nem a mão
de Gelson em Alvalade, chegaram para reavivar a discussão em torno da
utilização do vídeoárbitro. Há demandas que são tão inúteis quanto
convenientes. Fica claro que o seu propósito pouco ou nada tem que ver com a
propalada verdade desportiva.
Jornal O Benfica - 16/9/2016