segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

A sorte

Bela equipa a do Chaves, a mostrar que é possível dar luta ao Benfica sem que se recorra sistematicamente ao anti-jogo. E bem a nossa equipa, a demonstrar, mais uma vez, que sabe adaptar-se às contingências das partidas e ultrapassar, quando necessário, a desinspiração colectiva.

No entanto, apesar dos méritos e deméritos de cada equipa, só o Benfica poderia sagrar-se vencedor. A tripla oportunidade de golo flaviense numa única jogada foi caso único, cabendo à nossa equipa as despesas do jogo e as restantes oportunidades. Logo se apressaram os críticos a referir a sorte e a estrelinha, ignorando que a primeira procura-se e a segunda conquista-se.

Mas falemos da nossa sorte que os nossos adversários têm o azar de serem incapazes de reconhecer e, com isso, estimularem inadvertidamente a nossa ambição pela conquista de títulos. Comecemos pelo golo de Mitroglou mal invalidado, antes da tal tripla oportunidade do Chaves. Continuemos com a excessiva agressividade do nosso adversário sob a complacência de um árbitro permissivo até decidir (bem) admoestar Lisandro López no final da primeira parte. Recuperemos a lista de ausentes: Jonas; Jiménez; Jardel; Samaris; Rafa; Danilo. Prossigamos com a consistência da equipa no Campeonato Nacional: 15 vitórias consecutivas fora; 27 partidas sempre a marcar; 17 vitórias e um empate nos últimos 18 jogos. E terminemos alegando que Lindelöf, com alguma sorte, não teria desperdiçado uma oportunidade flagrante de golo frente ao Vitória de Setúbal e teríamos, então, conquistado 18 pontos em seis jornadas. Muita sorte, portanto…


P.S. Ainda não foi esta semana que se voltou a falar em vídeoárbitro lá para os lados do Lumiar.

Jornal O Benfica - 30/9/2016

Números da semana (170)

1 O Benfica ganhou o Campeonato Nacional de estrada (5 kms). A nível individual, o campeão nacional foi Luís Oliveira, do Benfica; 5,1% ...