terça-feira, 30 de agosto de 2022

Das intenções aos atos

Crónica publicada no Dinheiro Vivo. Também publicada, em papel, no suplemento que acompanha as edições do Diário de Notícias e Jornal de Notícias.

Números da semana (88)

1

O Benfica é campeão do mundo sub20. Não seria necessário vencer o Peñarol na estreia da Taça Intercontinental sub20 para certificar o Benfica enquanto um dos melhores clubes formadores a nível global, mas o triunfo faz sentido e o epíteto “melhor do mundo” assenta muito bem;

2

Derrotar o Twente, no seu próprio campo, foi um excelente resultado para a equipa feminina de futebol, ficando agora a uma eliminatória (2 jogos) de participar, pelo 2º ano consecutivo, na fase de grupos da Liga dos Campeões. Recorde-se que, na época passada, o Benfica foi o estreante português entre os 16 melhores da Europa;

6

O Benfica venceu os 6 primeiros jogos em competições na presente temporada. É a 6ª vez, desde 1906/07 (época de estreia em jogos “oficiais”), que tal acontece;

8

São 8 as futebolistas do Benfica na mais recente convocatória da seleção nacional;

9

Rafa marcou o seu 9º golo pelo Benfica em competições europeias, entrando para o top20 (19º) dos mais goleadores de águia ao peito em provas da UEFA;

12

O Benfica está pela 12ª vez, nas últimas 13 temporadas, na fase de grupos da Liga dos Campeões;

121

Fernando Pimenta conquistou mais 3 medalhas (ouro – K1 5000; prata – K1 1000; bronze – K1 500) no Campeonato da Europa e aumentou o seu pecúlio, a nível internacional, para 121 subidas aos pódios;

255

Grimaldo chegou aos 255 “jogos oficiais”, igualando o registo de António Martins e Gaitán (o trio ocupa a 44ª posição no ranking);

600

O anúncio foi mais ou menos vago: “Sessão de autógrafos de dois atletas do futebol profissional”. Resposta: cerca de 600 benfiquistas compareceram no evento. Impressionante!

Jornal O Benfica - 26/8/2022

terça-feira, 23 de agosto de 2022

Números da semana (87)

0,14

Otamendi foi admoestado com 27 cartões amarelos nos 64 jogos pelo Benfica nas competições nacionais. Mais do que os 26 mostrados ao argentino em 93 partidas, também em competições nacionais. Ou seja, o Otamendi do Benfica leva 0,42 amarelos por jogo, enquanto o Otamendi do Porto levava 0,28, uma diferença de 0,14 que explica alguma coisa sobre as arbitragens cá do burgo;

1

Pichardo é campeão da Europa do triplo salto!

5

O Benfica venceu os primeiros 5 jogos de competições oficiais na presente temporada, algo que acontece pela 7ª vez na história;

8

São muito elevadas as expetativas em relação ao reforço do basquetebol, Toney Douglas, o jogador com melhor currículo de sempre a atuar em Portugal. 8 anos na NBA, 394 jogos (65 no 5 inicial e ainda 15 jogos nos playoffs) com 19.1 minutos de utilização por jogo na época regular. Jogou ainda na China, Turquia (em dois clubes da Euroliga, incluindo o sempre candidato a vencer a principal prova europeia, o Anadolu Efes), Espanha, Itália, Grécia e Israel;

23’07’’

Aos 17 anos apenas, o nadador do Benfica conquistou a medalha de bronze no Campeonato da Europa de natação nos 50 metros mariposa (a terceira de sempre de um português num Europeu). Bateu o recorde nacional nas eliminatórias, melhorou-o nas meias-finais e voltou a reduzir o tempo na final, na qual terminou em 3º. Estabeleceu ainda o recorde nacional nos 100 metros livres (48’52’’);

50

João Mário chegou aos 50 “jogos oficiais” pelo Benfica;

150

Frente ao Casa Pia, Rafa alinhou pela 150ª vez pelo Benfica no Campeonato Nacional. Soma 44 golos de águia ao peito na prova (34º). Em todas as competições oficiais, marcou 60 golos em 232 jogos (39º).

Jornal O Benfica - 19/8/2022

terça-feira, 16 de agosto de 2022

Chalana

O Chalana, para mim, é quase uma figura mitológica. As minhas primeiras memórias futebolísticas remontam ao Campeonato da Europa em 1984, mais concretamente a algumas jogadas estonteantes do Chalana pela selecção portuguesa nesse europeu. O resto é posterior, portanto já só acompanhei o ocaso da sua carreira.

Mas crescer a ouvir o meu pai e os seus amigos, que passaram a adolescência no estádio da Luz a ver o Eusébio e companhia na década de sessenta, e mesmo assim era ao Chalana, além de Eusébio, que dedicavam maior admiração, tem muito impacto. “Lembro-me de ver um jogo dos juniores no início de época e de ficar siderado com o Chalana. Fui a quase todos os jogos nessa época só para o ver jogar” ou “era inacreditável, os adversários caiam sozinhos” são apenas dois exemplos do muito que fui ouvindo.

A minha idolatria pelo Chalana é, portanto, em grande parte herdada e posteriormente cimentada por apontamentos ocasionais que lhe vi fazer em campo depois de regressar de Bordéus. Mais tarde, também pelos inúmeros testemunhos de antigos colegas em público e em privado e pela consulta de edições antigas de jornais na pesquisa para os meus livros. E sem esquecer algumas imagens, surpreendentemente poucas para quem atingiu o auge na sua carreira futebolística já na década de oitenta.

Aliás, considero mesmo um crime lesa futebol não haver mais imagens do Chalana. Se a RTP as tem em arquivo, seria verdadeiro serviço público divulgá-las. Não se trata de futebol apenas. É arte, é ilusão, é paixão. Chalana não foi um mero grande jogador de futebol. Foi um criador de sonhos, foi, nos relvados do rigor da táctica e do aprumo físico, a personificação da alegria que muitas crianças sentem a jogar futebol.

Ao morrer Chalana morre também um bocadinho do Benfica, daquele Benfica idealizado pelos benfiquistas em que todos os que têm a honra e o privilégio de o representar têm de ser Chalanas ou Eusébios. Chalana é uma das maiores figuras da história do Benfica, um ídolo com pés de ouro.

Até sempre!

Jornal O Benfica - 12/8/2022

Números da semana (86)

9

O Benfica venceu pela 9ª temporada consecutiva na 1ª jornada do Campeonato, depois de 9 épocas seguidas a não vencer no jogo de estreia na prova (em 2006/07, a 1ª jornada foi adiada);

11

Nos primeiros 3 “jogos oficiais” da temporada, o Benfica marcou 11 golos, uma marca apenas superada em 15 épocas no passado, das quais somente 4 nos últimos 75 anos;

19

No desafio com o Arouca, Grimaldo fez a sua 19ª assistência no estádio da Luz (inclui jogos particulares), igualando André Almeida na 11ª posição. Em competições oficiais, considerando todos os “jogos oficiais”, Grimaldo soma 48 assistências e é o 3º com mais passes/cruzamentos para golo desde 2010/11 (Pizzi, 94, e Gaitán, 81, são os líderes);

60

Rafa bisou frente ao Arouca e chegou aos 60 golos em competições oficiais pelo Benfica. É o 39º mais goleador de sempre. Na Dinamarca, completou 230 “jogos oficiais” pelo Benfica, tantos quanto Hélder e Simão (51º);

82,5

82 anos e meio depois, Benfica e Casa Pia voltam a encontrar-se numa partida relativa ao Campeonato Nacional (vitória, por 10-1, no campo das Amoreiras). No entanto, o historial entre os dois clubes é vasto, com mais de 40 jogos oficiais e alguns particulares, além da forte ligação do Benfica a casapianos e do Casa Pia Atlético Clube aquando da sua fundação, em 1920, a benfiquistas então com consequências difíceis para o Sport Lisboa e Benfica;

45000

Está atingida a marca dos 45 mil Red Pass vendidos, o recorde estabelecido em 2019. Acrescentando-se-lhes os lugares corporate e a percentagem mínima obrigatória da lotação alocada aos adversários, sobram uns poucos milhares de lugares para venda jogo a jogo aos sócios que não quiseram ou puderam comprar Red Pass.

Jornal O Benfica - 12/8/2022

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Perplexidade e vergonha alheia

Nada me move contra os atuais dirigentes da Federação Portuguesa de Basquetebol, pelo contrário creio inclusivamente que a modalidade tem melhorado nos últimos anos, também a nível organizativo.

Considero, no entanto, inqualificável a decisão do castigo aplicado a Ivan Almeida pelo que se passou após o jogo derradeiro da final dos playoffs, branqueando-se, desta forma, os abusos racistas de que foi vítima no Dragão Arena durante a terceira partida e transmitindo-se uma mensagem de exigência aos jogadores para que tudo tolerem e a nada reajam, mesmo quando há muito forem ultrapassados os limites da decência.

Quem quer que tenha prestado atenção ao sucedido nessa final sabe que a altercação entre Ivan Almeida e jogadores do Porto, a qual motivou a tal suspensão de dois jogos, se deveu ao ocorrido no embate anterior, quando um energúmeno sentado na bancada dirigiu insultos racistas e xenófobos ao nosso jogador.

Numa situação destas, esperar auto-controlo de um atleta, quanto mais exigi-lo, constitui um abuso em si mesmo. É retroceder décadas, é assobiar para o lado, é inaceitável.

Além disso, a Federação Portuguesa de Basquetebol, com esta decisão, perdeu uma oportunidade de contribuir para uma sociedade mais justa e plural.

Bastaria para tal ter emitido um comunicado no qual explicaria as razões que justificariam um castigo, para logo anunciar que considerava até um imperativo de consciência optar por valorizar a atenuante – mesmo que essa figura não conste nos regulamentos – de Ivan Almeida ter sido vítima de um episódio escabroso de racismo e xenofobia. Mais, assumiria a defesa do atleta e o forte empenho em impedir que o adepto em causa frequente pavilhões e estádios no país.

Isto porque, que se saiba, o bandalho que gritou “macaco volta para a tua terra” poderá ser espectador das duas primeiras jornadas do campeonato, nas quais Ivan Almeida, caso permaneça em Portugal, não poderá participar.

Ao imbecil nas bancadas faltou decência e civismo. Aos atletas do FC Porto que se insurgiram contra Ivan Almeida durante a discussão com o público, escapou-se-lhes o tacto e a solidariedade. Ao dirigente do FC Porto que, passados alguns dias, desvalorizou os insultos ao invés de os condenar, sumiu-se a humanidade e o bom senso. E, perante tudo isto, a Federação Portuguesa de Basquetebol, além de nada ter feito para que, no futuro, episódios como este não mais se repitam num jogo da modalidade que supervisiona, organiza e promove, ainda condenou a vítima.

Dadas as circunstâncias, é incompreensível e intolerável que Ivan Almeida tenha sido castigado. É mesmo vergonhoso!

P.S.: Somos dodecacampeões nacionais de atletismo. Notável! E confesso que nunca me preocupara em saber qual o prefixo grego para 12, mas aprendi-o graças ao atletismo benfiquista. É assim o nosso maravilhoso clube, além de tudo ainda contribui para a literacia dos portugueses.

Jornal O Benfica - 5/8/2022

Números da semana (85)

1

Ou talvez seja 7. Caso o Benfica passe o Midtjylland, seguir-se-á Sturm Graz ou Dínamo Kiev. O histórico de jogos frente a estes dois clubes é curto. Relativamente aos austríacos, apenas 1 jogo particular realizado em 1998 (empate a uma bola). Com os ucranianos há a registar 7 confrontos, um deles amigável (1980, derrota por 1-2) e seis a contar para a Liga dos Campeões (1991/92; 2016/17 e 2021/22, com 4 vitórias, 1 empate e 1 derrota);

3

Gonçalo Ramos fez o seu primeiro hat-trick pela primeira equipa do Benfica, ele que já bisara duas vezes, incluindo na estreia. Ramos soma 17 golos em competições oficiais, só Grimaldo e Rafa marcaram mais pelo Benfica entre os integrantes do actual plantel. Chegou aos 10 golos no estádio da Luz, figurando na 26ª posição dos melhores marcadores neste estádio (incluindo jogos particulares);

3 camisolas, uma homenagem à cidade de Lisboa, onde o Benfica foi fundado e está sediado, mas que não impõe fronteiras ao mais nacional e internacional de todos os clubes portugueses;

12

12 títulos nacionais consecutivos no atletismo, somos dodecacampeões, um recorde na modalidade. Ao longo do evento, 12 das 21 provas foram ganhas por atletas do Benfica;

170

Odysseas Vlachodimos chegou aos 170 “jogos oficiais” pela primeira equipa do Benfica, os mesmos que Artur Correia;

250

Grimaldo atingiu a marca redonda dos 250 jogos pela equipa de honra do Benfica em competições oficiais. Considerando todas as provas oficiais, é o 46º futebolista a alcançar esta marca. Neste século, é o 10º com mais partidas, superado por Luisão, Pizzi, Maxi Pereira, André Almeida, Cardozo, Jardel, Nuno Gomes, Salvio e Gaitán. Contando com particulares, Grimaldo é o 55º mais utilizado, com 277 jogos.

Jornal O Benfica - 5/8/2022

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Taremi cai porque pode

O jornal A Bola publicou uma crónica curiosa esta semana, da autoria do antigo árbitro Duarte Gomes. No seu espaço habitual, pomposamente chamado “O poder da palavra”, e desta vez sob o sugestivo título “A moda dos penáltis sacados”, Duarte Gomes parece querer defender a arbitragem, não se apercebendo que, na prática, não a defende e ainda contribui para o pântano de qual esta teima em não emergir.

O antigo árbitro começa por discorrer sobre dificuldades inerentes à tarefa de arbitrar um jogo de futebol. Evoca a pressão a que os árbitros estão sujeitos e reduz a contestação do momento (Taremi e a propensão para a simulação de grandes penalidades) a uma moda, atribuindo a celeuma à carneiragem. Os adeptos em geral falam de um tema porque outros falaram antes, e não por existir de facto um jogador useiro e vezeiro em se deixar cair nas áreas adversárias e a beneficiar com isso.

Duarte Gomes não percebe, não quer perceber ou finge que não percebe que defender a arbitragem seria identificar o problema, denunciá-lo e propor medidas para mitigá-lo ou mesmo eliminá-lo. Prefere reduzir a questão a uma moda do foro comunicacional, e isto explica muita coisa.

O relambório continua com uma explicação, em abstracto, sobre grandes penalidades, seguida do argumento mais do que repisado do contraste entre a teoria e a prática, e culmina com a extraordinária conclusão: “Há lances no limite, que são quase impossíveis de catalogar com honestidade. Aí vale a interpretação e bom senso de quem decide, que partir sempre da seguinte premissa: Qual é a decisão que o futebol espera, neste lance?”

E está explicado. Os árbitros – incluindo vídeoárbitros – não são, afinal, enganados por Taremi. Limitam-se a considerar “no limite” os lances em que Taremi se atira para o chão, a não os “catalogar com honestidade” e a se perguntarem “que decisão espera o futebol português, neste lance?”. E décadas de futebol português demonstram inequivocamente que, “na dúvida”, nada se deve esperar além de benefício para o Porto.

Duarte Gomes, se pretendesse mesmo defender a arbitragem, estaria na linha da frente do combate aos que fazem da simulação uma arte, propondo e defendendo medidas punitivas sérias para os prevaricadores, como aquelas existentes em Inglaterra, por exemplo.

Ao invés, opta pela desculpabilização habitualmente presente no discurso corporativista da arbitragem portuguesa, talvez caindo nas boas graças daqueles agora com um apito na boca, os quais, ao deixarem-se enganar continuadamente, permanecerão alvos preferenciais da crítica dos adeptos. E como não há realmente quem defenda a arbitragem – nem os próprios se defendem – perdurará a pressão e a coacção, havendo quem o faça com mestria, até porque não olha a meios para atingir os fins.

P.S.: Taremi deixa-se cair muitas vezes nas áreas adversárias e beneficia com isso. As pessoas notam e criticam. Um responsável da comunicação do Porto aproveita para se vitimizar e tenta, com isso, condicionar as arbitragens vindouras. E a comunicação social, recheada de plumitivos, limita-se, acriticamente, a reproduzir as declarações. E depois ainda aparecem estes Duartes a falar de modas.

Jornal O Benfica - 29/7/2022

Números da semana (84)

3,75

Nos embates de preparação para a nova época, o Benfica marcou 3,75 golos por jogo. 10 jogadores fizeram o gosto ao pé. Gonçalo Ramos foi o melhor marcador, com 3, seguido de Henrique Araújo, Rafa e Yaremchuk, com 2. Nos 15 golos marcados, houve 12 assistências por 11 autores, sendo que João Mário foi o único a bisar;

4

O Benfica realizou 4 jogos na pré-temporada (além de, pelo menos, um jogo treino). Os adversários foram Nice, Fulham, Girona e Newcastle. Obteve 4 vitórias, marcou 15 golos e sofreu 3;

11

Grimaldo apontou o seu 11º golo neste estádio da luz e passou a integrar o top25 de goleadores (incluindo particulares);

13

Zelão deixa o Benfica, aos 39 anos, após 13 temporadas de águia ao peito. É uma das maiores figuras da história do voleibol benfiquista. Ajudou à conquista de 7 Campeonatos Nacionais, 7 Taças de Portugal e 8 Supertaças. Obrigado!

18

Vlachodimos ascendeu à 18ª posição dos futebolistas com mais jogos pela equipa de honra do Benfica neste estádio da Luz. Soma 89 partidas, incluindo particulares;

17,95

Uma pessoa apresenta-se ao trabalho e a primeira coisa que faz depois de aquecer é sprintar e, em três saltos apenas, atravessar 5 centímetros menos que o comprimento de um campo de voleibol. Pichardo é um vencedor, um campeão olímpico e mundial e o Benfica tem um papel determinante no sucesso deste extraordinário atleta;

28

Roger Schmidt utilizou 28 jogadores nos 4 jogos da pré-época. Metade participou em todas as partidas. 10 dos utilizados perfizeram o pleno da titularidade. Vlachodimos foi o que somou mais minutos (235), 2 mais que o quarteto composto por Florentino, Grimaldo, Gilberto e Otamendi. Seguem-se Gilberto, João Mário e Rafa (214), Enzo, Gonçalo Ramos e Neres (198) – inclui tempos adicionais.

Jornal O Benfica - 29/7/2022

Números da semana (170)

1 O Benfica ganhou o Campeonato Nacional de estrada (5 kms). A nível individual, o campeão nacional foi Luís Oliveira, do Benfica; 5,1% ...