Não me apetece escrever sobre iníquos cuja vontade de ganhar
serve de pretexto suficiente para perpetrar uma campanha vergonhosa e
atentatória do bom nome do Benfica, muito menos sobre incompetentes que se
deixam coagir por trogloditas ou difamadores. Pelo contrário, referirei exemplos,
ocorridos esta semana, do que me motiva enquanto benfiquista e amante do
desporto.
A cadência goleadora de Jonas é tal que, por vezes, ofusca o
brilhantismo das suas acções em campo. A inteligência apurada e a técnica
requintada empregues pelo nosso avançado em campo são raras, ainda mais se
agrupadas. Acresce a águia ao peito, e os golos, imensos, para todos os gostos
e feitios, além dos títulos, perfazendo a simbiose perfeita que me leva, não a
invejá-lo, mas a admirá-lo profundamente por ser o homem que personifica a
fantasia mais arreigada na minha existência, a de ser o melhor futebolista do
Benfica.
No basket, um minuto, que prometia arrastar-se por ser o
último de um jogo decidido, tornou-se no mais interessante da partida.
Imprevisivelmente, um jovem da equipa B concretizou três triplos consecutivos.
Acontece que esse miúdo carrega o apelido pesado do seu pai, Lisboa. Não sei se
o Rafael atingirá o estrelato na modalidade, mas os genes estão lá. E sobretudo
tem a capacidade de trabalho que lhe permite sonhar e, para já, ter
protagonizado um momento inesquecível.
Por fim, o falecimento de Gastão Silva, aos 94 anos, votado
ao esquecimento – talvez seja este o maior problema da velhice – cujo
contributo incomensurável para a causa benfiquista nunca deverá ser olvidado.
Viver o Benfica é também reconhecer e agradecer o contributo de quem tanto o
ajudou a crescer. Obrigado!
Jornal O Benfica - 12/1/2018