segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Três pontos

Heródoto, considerado o pai da história enquanto disciplina, descreveu o povo persa como sendo peculiar nos seus hábitos. Revelou, por exemplo, a forma como as decisões eram tomadas na Pérsia. Conta o grego que os persas se reuniam e discutiam os problemas enquanto bebiam. Quando estavam bêbados, tomavam decisões. Se, no dia seguinte, a decisão continuasse a parecer fazer sentido, era considerada tomada. É assim que imagino a definição da política de comunicação do Sporting.

Jorge Sousa passou de excelente árbitro após uma vitória leonina em Alvalade frente ao Benfica, apesar de ter perdoado uma grande penalidade ao Sporting num lance que afastou Luisão quatro meses do relvado. Após a recente derrota na Luz, afinal não está à altura do dérbi. As bolas que foram às mãos de jogadores sportinguistas no embate frente ao Porto da terceira jornada, passaram a ser tocadas deliberadamente por benfiquistas no dérbi recente sem que se descortinem diferenças nos lances evocados em ambos os jogos. E após uma longa discussão sobre cuspo ou vapor de Bruno de Carvalho na cara do presidente do Arouca, cai o Carmo e a Trindade por causa de umas cartolinas arremessadas, alegadamente, a Jorge Jesus.

Regresso ao grego e recordo uma das suas afirmações mais conhecidas: “É sem dúvida mais fácil enganar uma multidão que um só homem”. Ele a mim não me “engana”, já aos sportinguistas espero que continue a “enganar”. Feitas as contas à sua agressividade dirigida a tudo o que é vermelho, somos tricampeões desde que foi eleito…


Quanto ao jogo, o Sporting jogou aquilo que o Benfica quis que o seu adversário jogasse. A estratégia resultou, parabéns a toda a equipa!

Jornal O Benfica - 16/12/2016

Números da semana (167)

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