Nestas alturas, a
famigerada lei de Murphy é sempre evocada. Parece bruxedo. No único lance de
perigo do Vitória de Setúbal, só existente porque um dos nossos jogadores
escorregou, a bola entrou na nossa baliza. Teria sido um excelente golo, não
fosse ter sido contra o Benfica. De golo em golo falhado, até que nem
oportunidades do mesmo fossem criadas, lá surgiu o árbitro a dar prova de vida
nesta sucessão de machadadas na vantagem adquirida e entretanto perdida.
De há uns jogos para cá,
parece ter-se instalado na nossa equipa um certo fatalismo que a inibe de
ultrapassar as contrariedades. A ineficácia da equipa mais concretizadora do
campeonato veio ao de cima, o que não deixa de ser paradoxal. Tanto quanto,
agora que o Benfica, pela qualidade do seu jogo, não tem sido capaz de
minimizar os estragos dos homens do apito, a incompetência generalizada na
arbitragem portuguesa ter–se tornado aceitável. Já agora, assim como a visita de
elementos da claque portista ao centro de treinos dos árbitros… Por pura
coincidência, claro está, parece ter resultado em favor
dos prevaricadores e ninguém, na comunicação social, parece interessado em
analisar a situação... E o vídeo–árbitro – lembram-se? – voltou à sua
insignificância até que um dia ressurja a necessidade de a ele recorrer…
Estanho equipamento… Não apoia à decisão no momento, mas condiciona-la no
futuro.
Bom, caso não tenham
reparado, continuamos na liderança do campeonato. Já tivemos crises piores.
Aliás, já tivemos verdadeiras crises. Não é o caso presente.
P.S. Desde que a outra
encomenda foi de patins, os erros técnicos transitaram de lado na segunda
circular… Boa vitória frente ao Sporting!
Jornal O Benfica - 3/2/2017