segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Estrelinha

Do jogo parece sobrar a “estrelinha”. Qual estrelinha? A que nos fez tricampeões? A que nos mantém invencíveis há 21 deslocações consecutivas no campeonato? A que nos deu o melhor ataque, a melhor defesa e cinco pontos de avanço à entrada para o clássico? A que lesionou Jonas, Jardel e Rafa e afastou ainda Fejsa e Grimaldo a escassos dias do jogo? Ou a que obrigou Rui Vitória a substituir Luisão ao quarto de hora da partida? É preciso ter lata!

Estrelinha foi termos Lisandro, teoricamente o quarto na hierarquia dos centrais, a entrar a frio e a fazer uma bela exibição coroada com o tento do empate. Estrelinha foi termos, em Rui Vitória, a capacidade para, mesmo com tantos lesionados, mexer na equipa e mudar o rumo da partida. Estrelinha foi termos benfiquistas na bancada que nunca deixaram de apoiar os nossos jogadores… Já para não referir a estrelinha que foi a actuação de Nuno Espírito Santo no banco, apesar dos rabiscos que ilustram o “jogador à Porto”, qual pintura rupestre. Sem apitos dourados, cafés com leite e quinhentinhos, resta-lhes o anti benfiquismo primário e não há desenhos abstractos que lhes valham.


Mas não julgue o leitor que sou injusto nas minhas apreciações artísticas, pois houve jogadores que assimilaram bem o conceito de “jogador à Porto” transmitido pelo seu treinador. Refiro-me concretamente a Otávio, o sabujo que cuspiu no Ederson, e a Felipe, o central especialista em auto-golos, que num momento de êxtase após abalroar André Horta com a complacência de Artur Soares Dias, puxou pelo público portista como se tivesse acabado de marcar um golo. Aquela impetuosidade toda deve ter sido do vermelho da camisola do André…

Jornal O Benfica - 11/11/2016

Números da semana (171)

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