terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Sem complacência

O Benfica até poderá não ser o clube mais poderoso do mundo – só um demente, em evidente estado delirante e sob o efeito de psicotrópicos, poderia afirmá-lo – mas é, indubitavelmente, o maior e melhor clube português. Assim o dizem todos os estudos de mercado sobre adeptos de futebol aquém e além-fronteiras, o número de sócios, as receitas de quotização, patrocínios, bilheteira e merchandising e o palmarés conquistado no conjunto das modalidades, nomeadamente o do futebol, mas não só. Só não é um axioma porque o futuro é incerto e talvez daqui a uns mil anos seja outra a realidade, embora me pareça bastante improvável.

Todos os portugueses atentos ao desporto o sabem. Só por fanatismo ou por um mecanismo psicológico de auto-defesa alguém poderá convencer-se do contrário. E, como tal, todos os que representam o Benfica sabem que, para os benfiquistas, as vitórias do clube são uma mera consequência da sua grandeza. A competência e o empenho até poderão ser exaltados quando se justifica, sendo, no entanto, considerados o mínimo exigível a quem tem a honra de envergar a camisola do glorioso. Trocando por miúdos, triunfar é normal, perder é desonroso.


Tudo isto é pernicioso. Os nossos adversários invejam-nos, detractam-nos e cobiçam o tanto que conquistámos e conquistaremos. Parecem estar dispostos a tudo, sem olharem a meios, logo têm que ser denunciados e combatidos. Ignorá-los até poderá parecer salutar, mas fortalece-os. Não lhes poderemos dar descanso. Como, por exemplo, em meados dos anos 60, quando Paulino Gomes Júnior, então director do jornal, não poupou um presidente leonino durante semanas a fio por nos ter acusado, no Brasil, de sermos um clube xenófobo.

Jornal O Benfica - 13/10/2017

Números da semana (170)

1 O Benfica ganhou o Campeonato Nacional de estrada (5 kms). A nível individual, o campeão nacional foi Luís Oliveira, do Benfica; 5,1% ...