Tenho um amigo, indiscutivelmente benfiquista, que em todo e
qualquer assunto que possa suscitar algum tipo de dúvida sobre um eventual
benefício ao Benfica, logo o aponta e defende o ponto de vista contrário aos
nossos interesses, mesmo nos casos em que a razão está claramente do nosso
lado. Não só o faz como acusa os seus interlocutores de usarem lentes
vermelhas, incapazes que demonstram ser, na sua opinião, de analisarem os
assuntos com isenção. Não duvide caro leitor, é mesmo benfiquista, daqueles que
sofrem com o perigo de uma jogada de um adversário quando vencemos por 5-0.
Acontece que, nessas discussões, tanto se empenha em demonstrar isenção que
acaba por ser parcial contra o Benfica. Lembrei-me dele no fim-de-semana
passado.
O paternalismo de Pedro Henriques dedicado, na SportTV, aos
sarrafeiros do 1º de Dezembro, foi lamentável. Perto do final da partida, lá se
dignou a criticar o árbitro. Porém, não pela incrível actuação em que tudo
permitiu aos rapazes de Sintra, mas por “ser normal começar a mostrar amarelos
quando se está cansado”. Só o Eliseu, que todos sabemos não ser um jogador que
arrisque dribles em progressão, foi rasteirado quatro ou cinco vezes pelo nº11
adversário… na 1ª parte…
Mais lastimáveis foram os comentários de Rui Pedro Braz, na
TVI, no jogo de futsal da nossa equipa no pavilhão do Leões de Porto Salvo.
Bruno Coelho foi acusado de “estar sempre metido em confusões” quando se viu
envolvido numa confusão de um adversário. Coitadito do “leão”, pensou que
estava num ringue do UFC e decidiu agredir o Bruno Coelho à cotovelada. E a
culpa, a julgar pelos comentários do oráculo das transferências, ainda foi do
Bruno…
Jornal O Benfica - 21/10/2016