segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Vitória fora do campo

Tenho por hábito, quando regresso a casa do estádio da Luz após um jogo da nossa equipa, utilizar a funcionalidade das gravações automáticas para ver o chamado pós-jogo na BTV. Pelas entrevistas, pela conferência de imprensa, pelos melhores lances da partida… Enfim, por se tratar da extensão do triunfo benfiquista que tive o prazer de desfrutar no estádio.

A excelência da transmissão, enormemente beneficiada pelo tratamento jornalístico respeitador do código deontológico do jornalismo, que muitos duvidaram extemporaneamente que viesse a acontecer, além de se tratar de verdadeiro serviço público, engrandece, mesmo por isso, o Sport Lisboa e Benfica. Ser grande, mais que uma questão de dimensão ou de pregação de grandeza, passa sobretudo por atitudes.

No passado fim-de-semana, houve uma novidade. O novo formato da entrevista ao Rui Vitória foi tão surpreendente quanto útil. Em meia hora, o nosso treinador revelou o seu ponto de vista acerca da partida e incidências da mesma. Numa linguagem clara e inteligível, falou de futebol e de dinâmicas de grupo. Quem assistiu à entrevista, ficou a perceber um pouco mais do jogo.


Mas sejamos claros. Este formato arrojado, por ser inovador, só é possível por Rui Vitória ser o nosso treinador. Creio até que o departamento de comunicação do SLB, também de parabéns pela iniciativa, confiante na capacidade de comunicação de Rui Vitória, pouco terá hesitado em permitir este género de exposição. Vitória, quando fala, nem dá pontapés na gramática, nem se deixa enredar em auto-elogios. Muito menos encadeia citações de manuais de auto-ajuda. Tem ideias e sabe transmiti-las. E o Benfica ganha com isso.

Jornal O Benfica - 27/1/2017

Números da semana (171)

1 O Benfica conquistou, pela 1ª vez, a Taça FAP de andebol no feminino; 3 Di María isolou-se na 3ª posição do ranking dos goleadores b...