Conquistámos a Supertaça pela sexta vez. Pouco, tão pouco
que nem parece uma competição oficial. 2 Taças dos Campeões, 1 Taça Latina, 35
Campeonatos Nacionais, 25 Taças de Portugal (mais 3 Campeonatos de Portugal), 7
Taças da Liga (em 9 edições) e 6 Supertaças. Seis, vá-se lá entender isto. Menos
que o Sporting, chega a parecer uma anedota de péssimo gosto.
Com a Supertaça a ser mal parida no final dos anos 70 (devido
ao triunfo inédito de duas equipas do Porto, o F.C. Porto e o Boavista, no
campeonato e na taça na mesma temporada), percebe-se a míngua de vitórias
benfiquistas. O famigerado “sistema” contribuiu indelevelmente para o palmarés
do troféu, acentuando o declínio do futebol encarnado. E Capela confirma esta
tese.
Há 15 ou 20 anos, com uma arbitragem como a que tivemos em
Aveiro, não teríamos conquistado a Supertaça. Capela foi considerado,
imagine-se, o segundo melhor árbitro em 2015/16, mas o melhor elogio que lhe
poderei fazer é o de se tratar de um péssimo árbitro.
Ainda assim, ganhámos brilhantemente a partida porque
conseguimos ser superiores aos nossos adversários, tão só o que nos faltou
durante mais de uma década. Ter boa equipa ajuda sempre, não duvidemos. Não por
acaso, vencemos nove das doze últimas competições nacionais disputadas e, por
isso, os benfiquistas cantam orgulhosamente SLB GLORIOSO SLB e, convictos,
pedem à equipa que lhes dê o 36.
O assalto ao 36, ao tetra ou ao dobro, conforme se lhe
prefira chamar, está a começar. Rui Vitória afirma que o caminho se faz jogo a
jogo e será dessa forma que tentaremos ser novamente campeões. Não será fácil –
nunca é – mas o Benfica, no presente, “não tem medo de ser o Benfica”. O enorme
e glorioso Benfica!
Jornal O Benfica - 12/8/2016