Bem fez Luís Filipe Vieira, nos discursos proferidos na
semana passada, em recomendar que não liguemos ao ruído e que nos concentremos
no Benfica. Tem toda a razão!
Afinal de contas, que credibilidade se poderá dar a alguém
que faz do anti-benfiquismo um dos seus grandes trunfos na tentativa de
arregimentar os seus e, possivelmente, de desviar a atenção de temas nebulosos
relacionados com a gestão do seu clube?
Mas o Benfica, mais que a Némesis, acaba por ser, também, o
farol daquela gente. Só assim se compreendem afirmações como “Só estamos a 28
mil sócios do Benfica” ou “Só temos menos um milhão de adeptos que o Benfica”. Além
de que são inverdades, desmentidas por diversos estudos e pelo registo dos
associados de ambos os clubes (32 mil de diferença e o SLB não ofereceu a
possibilidade a antigos sócios com quotas em atraso de retomarem o pagamento
das mesmas, congelando aquelas que ficaram por pagar, só perdendo antiguidade).
O problema deles é que o SLB, enquanto farol, não os ilumina,
pelo contrário ofusca-os de tão brilhante e poderosa que é a sua luz, emanada
pela quantidade e qualidade ímpares de adeptos, palmarés invejável, prestígio granjeado
mundialmente, credibilidade por todos reconhecida e capacidade de inovação,
investimento e captação de parceiros comerciais. Enfim, por tudo o que lutamos
dia-a-dia, sem qualquer necessidade de ter os rivais no centro do nosso
discurso, e pela verdade dos números, infinitamente mais forte que qualquer
demagogia barata, populismo bacoco ou ódio de estimação, próprios de quem, à
falta de melhores argumentos, com isso revela somente o seu complexo de
inferioridade.
Jornal O Benfica - 16/10/2015