segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

“Fábrica” CFC

Na semana passada, ocorreu a cerimónia simbólica de encerramento da temporada no Caixa Futebol Campus. Longe vão os tempos em que a decisão de suspender as várias equipas B revelou-se um sério óbice ao aproveitamento de jogadores. Esta medida, no final dos anos 90, inexplicável e criminosa do ponto de vista desportivo, teve consequências gravosas, agudizadas pela construção do novo estádio da Luz, resultando num hiato geracional na capacidade benfiquista em formar atletas.

A construção do CFC, bem como a implementação de metodologias vanguardistas neste domínio, possibilitaram a recuperação do atraso do nosso clube, reflectindo-se no regresso à luta sistemática por títulos, na presença massiva de jovens benfiquistas nas diversas selecções nacionais e no surgimento de vários atletas com potencial para integrarem a equipa sénior e/ou serem cedidos a outros clubes por montantes elevados.

O excelente trabalho feito nos últimos anos carecia da mudança de paradigma referida por Luís Filipe Vieira no início da temporada. Abrir as portas da equipa principal significa igualdade de oportunidades. No fundo, o critério de escolha é a qualidade, independentemente da proveniência. Basta acompanhar regularmente as nossas camadas jovens para se perceber que esta é a política correcta. Este fim-de-semana, Úmaro Embaló, sub15, marcou dois golos ao Porto na fase final do CN de juvenis. Ele, como outros, necessitarão, sobretudo, de oportunidades para confirmar o seu potencial.


P.S. Faleceram Amílcar Miranda e Jorge Vacas, dois benfiquistas que prestaram bons serviços ao clube e que tive o prazer de conhecer. As minhas condolências às famílias enlutadas.

Jornal O Benfica - 17/6/2016

Números da semana (171)

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