Não fizemos uma boa exibição na 1ª parte: Entrámos lentos e
pouco dinâmicos. Alguns dos nossos jogadores fundamentais não conseguiram, em
campo, estar à altura do seu valor. O domínio e posse de bola não se traduziram
em boas oportunidades de golo, exceptuando num ou noutro lance, infelizmente
desaproveitados por jogadores que, à partida, pela qualidade que todos lhes
reconhecemos, não costumam desperdiçar tamanhas ocasiões.
Contra a corrente da partida, vimo-nos em desvantagem. O
desporto, por vezes, é ingrato, e a ditadura dos números prevalece sobre a
justiça e o mérito. Nestas situações, especialmente se ocorridas na sequência
de resultados insatisfatórios, é natural que surja ansiedade.
Mas os campeões respondem com mais garra, velocidade e
empenho, não se deixando esmorecer e sobretudo nunca desistindo, mesmo que a
melhoria do seu desempenho não seja acompanhada por golos, dando a ideia que,
por muito que se tente, não se conseguirá dar a volta à situação. No entanto,
nem sempre se tem azar e as boas decisões do treinador no banco e dos jogadores
em campo são recompensadas.
Foi o que se passou em Oliveira de Azeméis, na brilhante conquista da supertaça de futsal. Foi também o que ocorreu na Luz, frente ao
Moreirense, em 2014/15. E foi, mesmo que muitos se recusem a acreditar, o que aconteceu
no fim-de-semana passado na Luz frente ao mesmo Moreirense.
Sim, nem tudo é mau agora como nem tudo era bom no passado.
Desconheço o que nos reservará o futuro, mas os “parapseudopsicotácticos” da
“ideia de jogo” que se acalmem. Agora, como um ano antes (e dois) por esta
altura, é cedo para sentenças definitivas. Que venha o Belenenses!
Jornal O Benfica - 4/9/2015