segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

O Benfica existe para ganhar

No sábado passado, enquanto assistia ao jogo dos iniciados, dei por mim entusiasmado com a velocidade, criatividade e técnica de um dos nossos jogadores, o Jair Tavares. Fez-me lembrar o Mário Ferreira, o “Valderrama”, apenas um ano mais velho. Com um estilo diferente, o “Jota”, nascido dois anos antes. Ou o Diogo Gonçalves e o João Carvalho, estes já na “B”, mas com idade de júnior. Ou o Gonçalo Guedes, a dar os primeiros passos na equipa principal, assim como o Hélder Costa já o fez na temporada passada no Corunha, ou o Ivan Cavaleiro, hoje um valor seguro na liga francesa.

Em comum, os atletas mencionados foram ou estão a ser formados no CFC, actuam preferencialmente a extremo, é-lhes apontado um futuro risonho no futebol e têm, entre si, pela ordenação utilizada, um ano de idade a separá-los. Muitos outros poderiam ser indicados noutras posições.

O futuro do Benfica passa, inevitavelmente, por esta fonte de promessas futebolísticas formadas no Seixal. Por convicção: A identificação com os valores benfiquistas, quando assimilados desde cedo, é, na maioria dos casos, mais robusta; E por necessidade: Os recursos são finitos, a capacidade de endividamento nem sempre é a necessária, a massa salarial tenderá a diminuir e as mais-valias decorrentes da alienação de passes a aumentar.

Nada disto, no entanto, será relevante se a nossa equipa principal deixar de ser competitiva. Como tal, fiquei descansado ao ler nas entrelinhas da entrevista concedida pelo presidente Luís Filipe Vieira ao jornal A Bola que esta aposta não é dogmática. Abrir portas aos miúdos é importante, mas terá sempre de ser indispensável mostrarem capacidade para atravessá-las.

Jornal O Benfica - 11/9/2015

Números da semana (171)

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