Para que não me digam que quis fugir ao assunto, uma nota
breve sobre a derrota em Aveiro: Demos avanço a um Arouca que soube aproveitar uma
das duas boas oportunidades de golo que dispôs nos minutos iniciais da partida.
O resto do jogo resume-se à nossa ineficácia, tão gritante que me leva a pensar
que de nada nos valeria se o árbitro tivesse assinalado uma grande penalidade
evidente sobre Mitroglou na 1ª parte. Já a sua permissividade às perdas de tempo
dos arouquenses e a aparente selectividade na amostragem dos cartões amarelos,
beneficiaram, indubitavelmente, o nosso adversário. Não fosse o péssimo
resultado obtido, não dedicaria uma única linha ao desafio.
Isto porque, apesar de achar que o presidente do Sporting é
considerado, por muitos benfiquistas, um tolo a quem nem sequer deve ser dada
conversa, considero que as suas acusações ao nosso clube são graves e não
poderão ser ignoradas, sob pena do seu teor, por ausência de resposta, se perpetuar
e, assim, validar o mais pérfido argumentário anti-benfiquista.
Acusar-nos de manipulação da data da fundação e do número de
campeonatos é próprio de um ignorante que desconhece que o SLB comemora desde
sempre a sua fundação em 1904 e que a FPF, no seu relatório de 1938/39 (ano da
mudança de nome de “1ª Liga” para “1ª Divisão”), refere expressamente que as
provas são as mesmas. Mas a afirmação de que manipulamos o número de sócios e
adeptos é, se infundada, difamatória. Não cabe, ao SLB, considerar inimputável o
presidente da terceira maior potência desportiva portuguesa. Em defesa da nossa
honra, deveria ser-lhe exigido que se retrate ou que prove, em tribunal, o que
afirmou.
Jornal O Benfica - 28/8/2015