Bastou uma jornada em que o Benfica recuperou dois pontos
aos seus adversários na luta pelo título para logo sermos bombardeados por
demagogia senil e populismo bacoco. A estes, com a serenidade bicampeã e a
grandeza de quem, em tempo útil, soube tornar-se independente das teias de influência
que, sob a forma de patrocínios salomónicos e de “distribuição” equitativa e
adiantada de receitas à custa de consumidores fustigados por um monopólio,
insistiam em desvirtuar o contexto desportivo nacional, ao esbater artificialmente
as diferenças, a nosso desfavor, da popularidade e força das marcas dos
principais clubes portugueses.
Sejamos claros: O Benfica até poderá não ganhar, mas nunca
deixará de ser o campeão, pois vive, ao contrário dos outros, em função de si
próprio, de e para os Benfiquistas. Benfiquistas esses que, dizem os estudos de
mercado, as audiências televisivas, as médias de espectadores e a dimensão do
investimento dos seus parceiros, são incomparavelmente superiores em quantidade
e dedicação.
Esta sim é a nossa grande força, incompreendida por quem não
a sente, com sede na freguesia de São Domingos de Benfica e ramificações
profundas em todo o país, na África lusófona, nos destinos predilectos da
diáspora portuguesa e um pouco por todo o mundo.
P.S.: Conquistámos o Troféu António Pratas de basquetebol, o
décimo título e troféu nacional consecutivo, um recorde, superando a marca obtida
nos anos 90, também pelo Benfica. Uma palavra final para a nossa equipa de
Hóquei em Patins: Na época passada, perdida a supertaça, veio a dobradinha. Com
o vosso empenho e qualidade, acredito que poderão repetir o feito.
Jornal O Benfica - 2/10/2015