Todos temos assistido à escalada verborreica, escrita e
falada, brotada do Lumiar (ou na sede de uma ou outra agência de comunicação), que
me faz pensar se será sintomática de delírios e achaques, em tom professoral, por
vezes tão agressiva quanto vazia de conteúdo e sempre anti-benfiquista.
A ela responde o Benfica, ponderada e responsavelmente, com
apelos ao respeito entre adversários e iniciativas dignificantes do desporto e da
rivalidade, como foi o caso do convite a Hilário e José Carlos, figuras
incontornáveis da história do Sporting, para participarem na homenagem aos “magriços”,
heróis no mundial de 1966, decorrida no âmbito das comemorações do 112º
aniversário do Sport Lisboa e Benfica.
Por isto e muito mais digo e repito que o Sporting, esta
temporada, até poderá ganhar o campeonato, mas não será um clube campeão. A
grandeza não se apregoa. Antes alcança-se, fomenta-se e mantém-se com
associativismo e dedicação clubista, títulos desportivos e respeito pelos adversários
e instituições.
Temos mais adeptos, sócios, conquistas, prestígio e
reconhecimento. Temos mais glória. Temos glória. Agora e no passado, o futuro
não será excepção. Somos o Benfica!
E, por sermos o Benfica, continuaremos a comer o “Cerelac”
que nos alimenta desde 1904: o Benfiquismo. Grandioso, inigualável e triunfador,
é a “papa” que nos engrandece e que nunca nos deixou “encontrar rival neste
nosso Portugal”. Mesmo que, às vezes, o Benfica não ganhe, seremos sempre do
Benfica, “e isso nos envaidece”. Rapazes, “honrai agora os ases que nos
honraram o passado”, tragam a vitória de Alvalade e saibam que estaremos sempre
com o Benfica qualquer que seja o resultado.
Jornal O Benfica - 4/3/2016