O fim-de-semana passado ficou marcado por duas derrotas
benfiquistas marcadas pela desinspiração “encarnada” na finalização. Apesar de
se tratar de futebol e basquetebol, em que não há qualquer semelhança, é
possível resumir ambos os desaires a essa vertente fundamental.
No caso do futebol, a nossa equipa criou oportunidades de
golo mais que suficientes para, no mínimo, vencer a partida. O desperdício foi
de tal forma gritante que não me recordo de um clássico em que tenhamos
usufruído de tantas chances. Os erros
defensivos e, desta vez, o insucesso das alterações empreendidas por Rui
Vitória, diluir-se-iam num resultado favorável aos nossos interesses se a
avalanche ofensiva conseguida tivesse produzido frutos.
No basquetebol, em que as acções e consequências são mais
evidentes, o desacerto no lançamento exterior permitiu ao adversário fechar-se
e, assim, dificultar as manobras ofensivas da nossa equipa. Grosso modo, a
explicação da derrota passa por este item estatístico.
Consequências? No futebol, a conquista do tricampeonato
está, agora, mais complicada. No entanto, conseguindo nós manter o nível
exibicional, é expectável que as vitórias nos continuem a sorrir, mantendo em
aberto as nossas possibilidades na prova assim consigamos obter um bom
resultado em Alvalade. No basquetebol, foi quebrada a série de onze troféus
consecutivos que se constituiu recorde nacional. Mantemos o favoritismo para a
Taça de Portugal e o Campeonato Nacional e, sabendo-se que, no Benfica, perder
é sempre péssimo, deseja-se que a derrota tenha o condão de nos alertar que só
ao nosso melhor nível poderemos renovar os principais títulos da modalidade.
Jornal O Benfica - 19/2/2016