Compreendo a antipatia pela Taça da Liga demonstrada pelos
(chamados) nossos rivais. Em nove edições da competição, triunfámos sete vezes,
o que se traduz num palmarés à Benfica, pelo menos aquele sonhado pelos
benfiquistas.
Será este pecúlio reflexo do desdém dos adversários pela
prova? Não, evidentemente. É verdade que, em determinadas ocasiões, poderá ter
havido um certo desinteresse por parte do Porto e Sporting, mas convém notar
que, na prática, tem havido, todos os anos, o mesmo “desinteresse” do lado do
Benfica.
Se prestarmos atenção à estatística, verificaremos que,
entre os nossos atletas mais utilizados na competição em 2015/16 (e o mesmo se
aplica a todas as temporadas), constam, entre outros, Ederson, Lindelöf,
Sílvio, Gonçalo Guedes, Talisca, Carcela e Jiménez. Ou seja, e tendo em conta
que Ederson e Lindelöf ainda não tinham sido utilizados antes do início da fase
de grupos, são jogadores que não foram titulares indiscutíveis ao longo da
época. Os nossos principais adversários, ao se servirem desta desculpa, não
estão mais que a reconhecer que, afinal, os seus propalados grandes plantéis
não o são em boa verdade quando comparados com o nosso.
Além disso, sendo uma prova em que os maiores clubes
disputam cinco jogos para a vencer, é mais importante que a Supertaça, que se
limita a uma partida realizada no início da temporada. Por mim, longa vida à
Taça da Liga. Os portistas e sportinguistas, se algum dia o seu clube vier a conquistar
este título, terão oportunidade de o apreciar. Até lá, reagirão com falso
desinteresse e inveja indisfarçável.
P.S.: Portugal campeão da Europa sub17 e José Gomes melhor
marcador de sempre da competição com 7 golos!
Jornal O Benfica - 27/5/2016