A estratégia nem sequer é inovadora. Gizada a norte e socorrendo-se
de ventríloquos e canetas de aluguer na comunicação social para difundi-la, é
implementada sempre que pressentem que o Benfica lhes poderá ganhar.
Os objectivos são óbvios e diferidos no tempo. No imediato,
tentam condicionar o que resta da época. Se não funcionar, fica lançado o
“soundbyte” com que pretendem retirar mérito à vitória benfiquista e, dessa
forma, acalmarem as suas hostes e prepararem a temporada seguinte. E, claro, contando
sempre, sem necessidade de a solicitar, com a colaboração, nessa demanda, dos
idiotas úteis do Lumiar que, da sua míngua de títulos, não brotam grandes
lamentos desde que seja outro clube, que não o Benfica, a conquistá-los.
O “Levados ao colo” não é mais que uma nova versão dessa
estratégia, assim como o “Estorilgate”, o “Campeonato do túnel” ou o “Campeonato
do Capela” o foram.
Importará para o caso que a utilização de “casa emprestada”,
para a obtenção de maiores receitas de bilheteira, fosse uma prática comum em
jogos frente aos “três grandes”? Ou que o “túnel da Luz” não mais tenha sido
que agressões e insultos a “stewards” da autoria de cinco jogadores portistas? Ou
que o árbitro João Capela seja pouco apreciado pelos benfiquistas pois, entre
várias más decisões em prejuízo do Benfica, conta-se, por exemplo, a expulsão
de Cardozo, num Benfica – Sporting, por dar uma palmada na relva?
Claro que não! O que não surpreende. A invenção do “caso
Calabote”, em resposta aos tristes, vergonhosos e reais “quinhentinhos”, “férias
no Brasil” e “fruta”, demonstrou, com perfeição, as tendências propagandistas
e revisionistas dessa gente.
O Benfica - 20/3/2015