segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Independentemente dos resultados imediatos…

Considerado o clube melhor sucedido na formação, o Barcelona alia sucesso desportivo a uma presença elevada de jogadores da cantera na sua equipa principal. Goza, no entanto, de uma especificidade exclusiva de um grupo restrito de clubes, que passa pelo capacidade de investimento que lhe permite não só manter a maior parte das pérolas da sua formação, como dispor de alguns dos melhores executantes a nível mundial.

A lógica é a seguinte: Detectar talentos; Formar jogadores com elevado potencial; Ter espaço para, sem detrimento da competitividade da equipa, lançar os jovens mais promissores; Adiar, tanto quanto possível, a alienação dos passes desses atletas.

O Benfica cumpre exemplarmente os primeiros dois passos deste modelo. Implementa agora o terceiro. O seu sucesso, que não implica ganhar sempre, mas regularmente, permitirá o quarto que, num mundo ideal, corresponderia ao patamar do Barcelona. Contudo, poderá resvalar para um Ajax, quase irrelevante no contexto europeu e dependente das fornadas de novos jogadores no desempenho a nível interno.

A saúde financeira é essencial, baixando o passivo e os custos financeiros, redirecionando estes para o pagamento de salários e a compra de passes de atletas para posições carenciadas, porventura aumentando significativamente o custo médio de aquisição, mas diminuindo o montante global do investimento. Por outras palavras, comprar menos, mas melhor.


É certo que, nesta política, os riscos desportivos são maiores. Por conseguinte, importa evitar atalhos e inflexões na implementação desta estratégia. Em suma, o rumo está definido e terá que sobreviver a uma eventual conjuntura adversa.

Jornal O Benfica - 20/11/2015

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