De visita à Escócia, foi
à distância que vi, pela primeira vez esta temporada, um jogo do Benfica na
Luz. Refiro-me ao Benfica – Braga, cujo triunfo nos permite disputar, em nove
edições da Taça da Liga, a sétima final (e tentar o sétimo título). É uma
sensação estranha, que detesto ao ponto de incompreender que a Luz não esteja
sempre repleta como tem estado nas últimas partidas do Campeonato Nacional.
Cerca de 49500 espectadores de média é interessante e inigualável em Portugal,
mas uns 11 mil abaixo do que seria desejável.
Vi o jogo num pub com uns
amigos escoceses entusiastas de futebol. Contei-lhes o que se tem passado em
Portugal e comecei por lhes dizer que o presidente do nosso rival “passa a vida”
no Facebook a lançar suspeitas infundadas sobre o Benfica. Sorriram.
Mostrei-lhes a agressão
do Slimani ao Samaris. Espantaram-se para, logo que lhes revelei a inexistência
de um cartão vermelho ou de um castigo após a análise do vídeo, se rirem.
Referi-lhes as poupanças do União da
Madeira em Alvalade, seguidas da “infelicidade” do guardião dos madeirenses no
primeiro golo do Sporting, e deram umas valentes gargalhadas.
Continuei com a descrição
do anti-jogo dos nossos últimos adversários e notei que começaram a duvidar se
eu estaria a falar a sério.
Finalmente, falei nas
poupanças dos nossos adversários antes de nos defrontarem, expliquei-lhes o que
é, agora, o jogo da mala, e não obtive qualquer reacção imediata. Até que um
deles me disse que, das duas uma, ou estaria a gozar com eles ou já bebera
demasiado. Compreendo-os… Nem quero imaginar o que pensariam de mim se lhes tivesse falado no castigo da FPF à nossa equipa de futsal.
Jornal O Benfica - 6/5/2016