Vale tudo! Se alguém, um dia, se dedicar a escrever a
história deste campeonato, recomendo que evite dedicar um capítulo à vertente
comunicacional. Já perdi a conta às tentativas leoninas de destabilização do
Benfica e tenho que lhes reconhecer a criatividade e a insistência, tendo em
conta a ineficácia total. Passo o exagero, têm mais ideias que doadores para o
pagamento da construção do pavilhão.
Na semana passada foi a sorte, referindo-se aos triunfos
benfiquistas no Bessa e em Coimbra, eles que vão já em 11 jogos, no presente
campeonato, ganhos pela diferença mínima, um deles com a “sorte” do seu
adversário contar com o Tonel, outro com a “sorte” do fiscal de linha não ter
assinalado fora-de-jogo no único tento apontado, ou ainda outro pela “sorte” do
árbitro ter feito vista grossa a uma grande penalidade evidente nos minutos
finais, e mais um lance “sortudo” de um fora marcado um metro dentro de campo
ter originado o golo da vitória. Dessa “sorte” não falam eles, que a
criatividade é selectiva e desonesta intelectualmente.
Agora, a sorte voltou à baila porque o Vitória de Setúbal,
na Luz, dispôs de uma boa ocasião para empatar a partida perto do final. Dos
setubalenses terem concretizado um golo aos 14 segundos não reza a sorte. Nem
sequer das seis oportunidades flagrantes de golo desperdiçadas pelo Benfica na
primeira meia hora da partida. Foi futebol, claro, que falar na sorte só
interessa se servir os interesses de quem, por não ser benfiquista e torcer por
um clube que faz pouco pela sua sorte, mas muito pela “sorte”, merece ter
somente azar.
P.S.:A causa do vídeo-árbitro, esta semana, não teve sorte.
Jornal O Benfica - 22/4/2016