segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

A renumeração... (2)

Na semana passada, partilhei a evolução do meu número de sócio para demonstrar que o crescimento da nossa massa associativa foi muito significativo nas últimas décadas e que é normal, com o processo de renumeração, verificar-se uma diminuição acentuada da quantidade de sócios.

Este fenómeno, comum a qualquer clube, deve-se a falecimentos ou à incapacidade do pagamento de quotas (agudizada nos últimos anos), mas sobretudo aos “sócios de ocasião”.

Por “sócios de ocasião” entendo todos aqueles resultantes de campanhas de mobilização clubistas (p.e. em 1994, após a crise de tesouraria e o título nacional, houve um enorme aumento de sócios) e/ou comerciais (o “Kit Sócio” apela ao sentimento clubista e introduziu a possibilidade de oferta do mesmo e descontos em produtos e serviços de parceiros do clube), mas que, passado algum tempo, se desinteressam. São também grande parte dos atletas de todas as modalidades e escalões, sabendo-se que existe uma rotatividade significativa na composição desses plantéis, com centenas de entradas e saídas anualmente. Também muitos dos ex-funcionários. E ainda o pai ou mãe que se associa ao clube para que os seus filhos possam ser sócios isentos do pagamento de quotas até aos 14 anos e usufruírem de descontos relevantes nas mensalidades da modalidade por eles praticada.


Perante este enquadramento, não me surpreenderá se assistirmos a uma grande redução do número de sócios, nem me preocuparei muito com isso. Mais importante será compararmos o total de associados após as renumerações efectuadas ao longo da nossa história. Pouco acima dos 41500 em 1974, quase 66000 em 1986, cerca de 78000 em 1993, à volta de 135000 em 2005…

Jornal O Benfica - 7/8/2015

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