Mal foi anunciado o acordo FCP/Altice, perguntei a uns
amigos se estariam na disposição de apostarem comigo em como logo haveria quem
criticasse o negócio Benfica/ NOS. Nenhum deles aceitou o desafio que lhes
lancei. Todos sabemos que há quem sempre tente encontrar fantasmas e pretenda,
mesmo que inadvertidamente, mas por vezes com recurso à deturpação de factos,
ser arauto da desgraça para, mesmo enganando-se recorrentemente, poder dizer
que bem avisou nas raras ocasiões em que os seus prognósticos se revelaram
acertados.
Contudo, contrariamente ao que é norma, desta vez a
generalidade da comunicação social foi um pouco mais além da transcrição do
conteúdo dos comunicados dos clubes. É por demasiado evidente que o “maior
negócio da história do futebol português” (FCP/Altice) está longe de ser o
melhor (SLB/NOS). Esta novidade (infelizmente trata-se, realmente, de uma
novidade), apaziguou os ânimos dos benfiquistas menos informados e, por isso,
menos imunes a “soundbytes”, deixando os tais arautos da desgraça (e
detractores militantes) abandonados à sua insignificância, no que à
evangelização das suas angústias e motivações diz respeito.
Tal não significa que nos devamos tornar acríticos, meros
seguidores do que nos é apresentado e apoiantes incondicionais de todas as
medidas. Pelo contrário, é dever dos benfiquistas informarem-se, questionarem e
apresentarem soluções alternativas aos problemas e desafios com que o Benfica se
depara diariamente. Seremos, estou convicto, um clube mais forte, quantos mais
e melhores forem os contributos para o desenvolvimento do nosso Benfica. Nestes
não constarão certamente os que não passam de ruído.
Jornal O Benfica - 1/1/2016