Na semana passada, ao tomar conhecimento do corte de
relações institucionais entre SCP e SLB promovido pela direcção leonina, dei
por mim a sorrir. Os acontecimentos subsequentes dar-me-iam razão.
Luís Filipe Vieira, na sua primeira aparição pública após o
dérbi e com elevado sentido de responsabilidade, condenou a exibição, na
partida de futsal, da faixa alusiva ao trágico acidente ocorrido no Jamor em
1996. Levantou ainda algumas questões pertinentes sobre os incidentes ocorridos
em Alvalade no dia seguinte e outros em anos recentes, expondo a hipocrisia do
presidente sportinguista, tão lesto a exigir “uma declaração
de reprovação e demarcação” aos dirigentes benfiquistas, quanto autista face ao
comportamento de adeptos do clube que dirige.
Escusado será de dizer que a reacção de Bruno de Carvalho não
me surpreendeu. Poucas horas antes do Belenenses – Sporting, o presidente do
SCP publicou, no Facebook, uma mensagem dirigida aos sportinguistas (quatro
vezes maior que esta crónica!!!). Fazendo jus a um dos traços identitários mais
característicos do “neosportinguismo”, o anti-benfiquismo, pouco versou sobre o
seu clube, quase se limitando a um chorrilho de insultos e acusações a Luís
Filipe Vieira, algumas delas tão inverosímeis que não me admirarei se, no
futuro, vier a ouvi-lo afirmar que se tratara de “uma brincadeira”. Não seria inédito.
Sobre as faixas em Alvalade: Nada!
Bem fiz eu ao desprezar o corte de relações institucionais.
Até porque perdurará, entre os clubes, uma relação: a de força. E essa, como
todos sabemos, resulta, qualquer que seja o parâmetro de comparação entre
Benfica e Sporting, em superioridade benfiquista.
O Benfica - 20/02/2015