terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Benfica europeu


Sou céptico quanto às reais possibilidades do Benfica voltar a ser campeão europeu. As disparidades na capacidade de captação de receitas e, por conseguinte, de investimento, face aos chamados “tubarões” europeus, são gritantes.

No entanto, a resignação perante as adversidades nunca poderá ser a solução num clube como o Benfica, pelo que a enunciação de objectivos ultra ambiciosos, ou até a evocação de um sonho, não obstante a complicada gestão de expectativas daí advinda, são positivas pois oferecem-nos um destino potencial para o qual se tem de tentar construir um caminho e percorrê-lo.

Dito de uma forma mais simples: criar as bases para um Benfica Europeu, nunca hipotecando a sustentabilidade económico-financeira do clube, significará que, mesmo que nunca cumpramos o desígnio original, estaremos mais próximos de vingarmos no plano nacional. E este, como sabemos, é que nunca poderá falhar.

Dito isto, subscrevo na íntegra, considerando mesmo como sendo a única opção plausível, a estratégia definida para fazer o Benfica regressar à presença constante em fases avançadas da Liga dos Campeões: Saúde financeira; Forte aposta na formação; Investimento agressivo na retenção de talento; Apetrechamento do plantel com atletas para as posições que o Benfica Futebol Campus não consiga, em determinado momento, fornecer.

Estou ciente que as dificuldades para mantermos os jogadores no plantel subsistirão no futuro, nomeadamente em temporadas bem-sucedidas, que se esperam muitas. Mas hoje não duvido que podemos gerir melhor as saídas, prevalecendo os interesses desportivos ao invés da necessidade de equilíbrio das contas ou da incapacidade para acompanhar minimamente as ofertas salariais.

Jornal O Benfica - 11/10/2019

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