Não me importaria que a apresentação de Jorge Jesus tivesse ocorrido logo após o desaire na final da Taça de Portugal. Jogámos mal e não soubemos aproveitar a justa superioridade numérica. O nosso adversário jogou mal e fomos piores. E ainda podemos reclamar da sorte, naquele lance em que Jota acertou no poste já no tempo adicional. Em suma, a final espelhou a época desastrada e inesperada da nossa equipa. Poderíamos e deveríamos ter feito melhor.
Agora, com o regresso de Jorge Jesus, abrem-se novas
perspectivas, logo prometidas e reiteradas na apresentação. Estou convicto de
que, com o mesmo plantel sob o comando do nosso novo treinador, teríamos
apresentado melhores níveis exibicionais e conseguido melhores resultados. E
ainda mais convicto estou de que se verificará um salto qualitativo no plantel
com Jorge Jesus. Alguns jogadores, inseridos numa nova dinâmica, serão mais
competitivos. Outros desenvolverão as suas capacidades e renderão de acordo com
o seu potencial. E chegarão atletas cuja competência será indiscutível. Foi o
que Jorge Jesus nos habituou no passado, não espero menos agora.
Ganharemos tudo? Provavelmente não, embora seja esse o
objectivo. Teremos, no entanto, a garantia de que seremos mais competitivos e
de que não dependeremos do súbito surgimento de um jogador que faça a
diferença. O Benfica voltará a ser forte no futebol, aproveitando plenamente os
muitos e excelentes recursos que hoje coloca à disposição de quem lidera a
equipa. Não professo amanhãs que cantam, mas a música será outra certamente!
Com Jorge Jesus estaremos sempre mais próximos de títulos. Não se trata de
crença, mas antes da constatação da sua inegável competência. Boa sorte!
Jornal O Benfica - 07/08/2020
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