terça-feira, 1 de setembro de 2020

Vislumbrar o futuro

Não me importaria que a apresentação de Jorge Jesus tivesse ocorrido logo após o desaire na final da Taça de Portugal. Jogámos mal e não soubemos aproveitar a justa superioridade numérica. O nosso adversário jogou mal e fomos piores. E ainda podemos reclamar da sorte, naquele lance em que Jota acertou no poste já no tempo adicional. Em suma, a final espelhou a época desastrada e inesperada da nossa equipa. Poderíamos e deveríamos ter feito melhor.

Agora, com o regresso de Jorge Jesus, abrem-se novas perspectivas, logo prometidas e reiteradas na apresentação. Estou convicto de que, com o mesmo plantel sob o comando do nosso novo treinador, teríamos apresentado melhores níveis exibicionais e conseguido melhores resultados. E ainda mais convicto estou de que se verificará um salto qualitativo no plantel com Jorge Jesus. Alguns jogadores, inseridos numa nova dinâmica, serão mais competitivos. Outros desenvolverão as suas capacidades e renderão de acordo com o seu potencial. E chegarão atletas cuja competência será indiscutível. Foi o que Jorge Jesus nos habituou no passado, não espero menos agora.

Ganharemos tudo? Provavelmente não, embora seja esse o objectivo. Teremos, no entanto, a garantia de que seremos mais competitivos e de que não dependeremos do súbito surgimento de um jogador que faça a diferença. O Benfica voltará a ser forte no futebol, aproveitando plenamente os muitos e excelentes recursos que hoje coloca à disposição de quem lidera a equipa. Não professo amanhãs que cantam, mas a música será outra certamente! Com Jorge Jesus estaremos sempre mais próximos de títulos. Não se trata de crença, mas antes da constatação da sua inegável competência. Boa sorte!

Jornal O Benfica - 07/08/2020

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