Há diversas formas de avaliar um presidente, sendo que prefiro aquela proposta por Joaquim Bogalho: Deve ter-se em conta o estado do clube quando se toma posse, o que foi feito ao longo do(s) mandato(s) e o estado em que se deixa o clube ao sucessor.
Não é um exercício fácil, pois requer profunda cultura
benfiquista (conhecimento) e distanciamento da espuma dos dias. Enquanto Luís
Filipe Vieira for presidente, e se, entretanto, não mudar de opinião em relação
aos seus antecessores, continuarei a sentir-me dividido entre Bogalho e
Maurício Vieira de Brito quanto ao “melhor presidente” da história do SLB.
Salvaguardadas estas questões, considero mais que justo
incluir, por agora, Luís Filipe Vieira na categoria de candidato a essa
“eleição”. O clube melhorou em cada um dos seus mandatos e, para aferi-lo, basta
ver o tipo de crítica mais comum em cada momento.
Se hoje se lhe exige um Benfica europeu mais pujante, há dez
anos apontavam-se-lhe os escassos títulos nacionais.
Se hoje se lhe exige maior investimento na equipa de
futebol, há dez anos era o elevado passivo o que mais atormentava os
benfiquistas.
Se hoje se lhe exige o aumento da capacidade de retenção de
talento, há dez anos entendia-se como uma inevitabilidade a saída de todo e
qualquer jogador perante a necessidade de facturação.
E se hoje se lhe exige menos “obra”, há quinze anos poucos
tiveram a clarividência de perceber os benefícios decorrentes, na sua
plenitude, do pesadíssimo investimento na construção de um novo estádio e do
Benfica Campus.
Na entrevista à BTV identifiquei a determinação habitual e
uma visão estratégica para o futuro do Benfica. Gostei muito!
Jornal O Benfica - 05/06/2020
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