Gostei bastante da entrevista concedida por Jorge Jesus à BTV, em que nada foi esquecido ou escamoteado.
Na linha do que ficara patenteado na apresentação do nosso
novo treinador, foi reforçada a ambição de recolocar o futebol benfiquista no
trilho do sucesso. Se dominarmos as próximas temporadas, não tenho a mínima
dúvida de que, no futuro, faremos a retrospectiva do decénio e
considerá-lo-emos hegemónico da nossa parte. 2019/20 foi uma desilusão, somente
vencemos a Supertaça. Ainda assim, nos últimos sete anos, conquistámos 15 dos
28 troféus em disputa, mais do que todos os nossos adversários juntos
conseguiram. Fazer da última temporada e de 2017/18 excepções será o desígnio de
todos os benfiquistas e de quem o serve e representa nos próximos anos.
Mas houve mais que manifestações ambiciosas para o futuro
próximo do Benfica. Entre o muito que poderia destacar, escolho a convicção de
Jorge Jesus acerca da formação.
Primeiro deixou bem vincado que a competência não se
restringe a escalões etários mais velhos e que terá sempre de ser,
independentemente da idade, o factor determinante na escolha dos jogadores que
compõe o plantel. Depois alargou, e bem, o conceito de formação a atletas que,
não tendo percorrido as camadas jovens do clube, são contratados em idades
precoces com o intuito de se desenvolver, ao máximo, o seu potencial. Por
último, defendeu a necessidade de dar tempo, logo jogo, às jovens promessas, o
que passa, na esmagadora maioria dos casos, pela maturação na equipa B ou o
recurso a empréstimos. Não poderia estar mais de acordo. Até porque se
aparecerem outros João Félix ou Renato Sanches, as oportunidades surgirão
naturalmente, em nome da competência.
Jornal O Benfica - 14/08/2020
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