terça-feira, 1 de setembro de 2020

Cá vamos

Tem sido divertido o folhetim Cavani. Se calhar, quando o caro leitor ler esta crónica (note que os colunistas enviam os textos para a redacção até terça-feira), o uruguaio já é nosso jogador ou optou por outro clube. Ou talvez nada tenha acontecido, sabendo-se de antemão, neste último caso, que várias coisas, os seus contrários e inúmeras variantes destes terão sido avançadas pela comunicação social.

Eu, como qualquer benfiquista, adoraria contar com o contributo de um jogador da craveira de Cavani no nosso plantel, mas analisemos, por agora, a existência da possibilidade.

O mais relevante, nesse domínio apenas, é, porventura, ninguém considerar interdita a contratação, pelo Benfica, de um jogador situado num nível, futebolístico, económico e mediático, inusitado face ao que estamos habituados. O investimento seria elevadíssimo e sem grande potencial de retorno financeiro para além do que, embora não seja despiciendo, deriva do contributo desportivo que o jogador possa dar. Não deixa de ser sintomático que haja um consenso generalizado sobre a seriedade da tentativa de uma contratação destas, tratando-se, na prática, do reconhecimento generalizado da capacidade de investimento que o Benfica soube criar na última década.

Entretanto chegaram Waldschmidt, Everton “Cebolinha” e Vertonghen. Também estas contratações, às quais se poderão acrescentar as de Raul de Tomás, Vinícius, Weigl e Pedrinho ao longo da temporada passada, pelos montantes envolvidos, são muito reveladoras. Voltámos a ter, finalmente, capacidade de investimento claramente superior à dos nossos adversários internos e creio que nos fixámos, a nível europeu, no patamar abaixo daquele reservado aos chamados tubarões. 

Jornal O Benfica - 21/08/2020

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