Passados poucos dias da interrupção das competições
desportivas e de quase tudo o resto no país devido ao coronavírus, não se
fazendo ideia de quando regressaremos à normalidade, logo os propagandistas portistas
de serviço a reclamar a atribuição do título de campeão nacional de futebol.
A única decisão possível será, considerando que estão dez
jornadas por disputar, não haver campeão esta temporada. Eles, no entanto, por
falta de dignidade, escrúpulos e vergonha, já se movimentam para tentarem que o
título lhes caia no colo.
Já são muitos anos a não olharem a meios para atingirem os
fins e sabem, por experiência própria, sem se preocuparem com isso, que passados
alguns anos de homologada a classificação, quase ninguém prestará atenção às
notas de rodapé.
Como, por exemplo, as relativas aos alargamentos das edições
do Campeonato Nacional em 1939/40 e 1941/42, ambos para possibilitarem a
participação do F.C. Porto, o qual não conseguira o apuramento através do
Campeonato Regional. O primeiro desses benefícios até resultou em título para
os portistas, mas que lhes interessa isso? Ou aquela ainda acerca dos seis
pontos retirados em 2007/08 devido a práticas de corrupção anos antes, castigo
a que não recorreram, aceitando implicitamente a culpa, não obstante terem sido
ilibados, passados dez anos, por questões administrativas...
Ou, só para dar mais uns exemplos da irrelevância das notas
de rodapé, aquela em que, nos seus exercícios revisionistas sobre Calabote,
omitem sempre que foram os campeões na época em questão... Ou a da treta do
clube do regime em que nunca revelam que o F.C. Porto era instituição de
utilidade pública, ao contrário do Benfica...
Jornal O Benfica - 20/03/2020
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