Coacção a árbitros; Vandalização de Casas do Benfica;
Agressões a benfiquistas; Distúrbios junto ao hotel em que a nossa equipa
pernoitou; Intimidação, à máfia, de benfiquistas e árbitros; Faixas
insultuosas; Interferência no balneário; Arremesso de objectos ao nosso
guarda-redes; Etc.
E o que farão Liga, Federação e Governo a este respeito?
Nada! Talvez debitem umas meras palavras de circunstância, em que referirão genericamente
a necessidade de todos zelarmos pela imagem do futebol português ou qualquer outra
inocuidade. Mas haverá diferenças.
Proença, caso não se remeta a um silêncio estratégico,
di-lo-á com um sorriso. Fernando Gomes assumirá um ar grave. E João Paulo
Rebelo, burocraticamente, que esse só se motiva verdadeiramente com a panaceia
da legalização das claques, talvez debite uma qualquer mediocridade, pois é a
sua natureza.
Luís Filipe Vieira clamou, e bem, pela nomeação de árbitros
estrangeiros em jogos de Benfica e Porto. O clima de intimidação e coacção aos
árbitros é terceiro-mundista, os árbitros estão obviamente condicionados – a
alternativa é serem uma cambada de ladrões. E o presidente da APAF que, pelos
vistos, relativiza esta barbaridade, logo se insurgiu contra a sugestão. Não me
surpreendeu.
Fontelas Gomes também não. Nomeou, para um dos jogos mais
importantes do ano, um árbitro da AF Porto, com estabelecimento comercial
aberto na cidade do Porto, cujo histórico é, nomeadamente desde que foi interpelado
por adeptos portistas no Centro de Alto Rendimento da Maia, notoriamente benéfico
para o F.C. Porto. E, para VAR, o tipo que protagonizou o famigerado e patético
episódio da moeda de cinco cêntimos no estádio da Luz. Não haveria mais
ninguém?
Jornal O Benfica - 14/02/2020
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