Já há uns anos que a deriva revisionista leonina em torno do palmarés do Sporting está em marcha. O inesperado regresso leonino ao título fez recrudescer o tema, em função da habitual parafernália comunicacional e comercial nestas ocasiões.
Mas o Sporting não se limitou a reclamar quatro campeonatos
que não conquistou através da sua comunicação com os adeptos. Fez também uma
exposição à Federação Portuguesa de Futebol, acompanhado por um parecer
encomendado e favorável às suas pretensões.
Nisto a FPF, ao invés de rejeitar liminarmente a solicitação,
terminando o assunto, optou por “estudar” o caso. Está por se saber o que
concluiu, sendo que a possibilidade aventada de consulta às Associações é, por
si só, um absurdo lamentável que deixa qualquer adepto interessado no assunto,
desde que respeitador dos factos, desesperado com tamanha tentativa de atropelo
da história.
Entretanto, no canal 11 da FPF, dedicado em grossa parte à
promoção de Cristiano Ronaldo e à dissecação diária dos problemas, reais,
especulados ou imaginados, do Benfica, passou publicidade enganosa ou, talvez
melhor dizendo, uma narrativa ficcional publicitária a um produto de
merchandising do Sporting em que, erroneamente, se referem 23 títulos nacionais
leoninos, ao invés dos oficiais e verdadeiros 19, aliás conforme ainda consta
no palmarés da prova divulgado pela FPF. E é um relógio: se nem os títulos
certos dá, o que esperar das horas e minutos? Presume-se que estará sempre
muito adiantado.
Ora, tudo isto seria apenas caricato se a FPF, como deveria,
respeitando o decidido pela própria em 1938, não se tivesse colocado numa
posição confrangedora ao aceitar sequer discutir o assunto. Não o fez e é, por
isso, espantoso e vergonhoso que a FPF, em 2022, possa pôr em causa o que a FPF
e Associações decidiram em 1938 sobre uma situação ocorrida nesse ano, como se
aqueles então em funções desconhecessem o carácter de cada competição e
precisem agora de ser ensinados sobre o que foi o Campeonato de Portugal, as
quatro primeiras edições do Campeonato Nacional e o que veio a ser a Taça de
Portugal.
Seria demasiada presunção e lata para que uma iniciativa tão
inenarrável como esta pudesse vingar. É inaceitável que se tenha permitido uma
tentativa de deturpação da história do futebol português tão leviana e
desonesta. Que haja bom senso por parte da FPF para que este dislate
revisionista não passe da tentativa mesquinha que é.
Jornal O Benfica - 7/1/2022
Meu caro, neste momento estou a ouvi-lo no” Semana do Melhor” e, ouvi-o falar em campeões de inverno. Mas isso ainda não conta para campeões nacionais e sabe porquê? Por que o Benfica já tem sete e os lagartos ficariam a perder…. Se não nos pomos de sobreaviso, lá chegaremos. Isto é para mandar fora, mas se quiser, jocosamente, falar nisso esteja à vontade.
ResponderEliminarVárias vezes já estive para lhe lembrar certas coisas de acuidade, para isso lhe peço permissão
Obrigado
Constantino Braz figueiredo
Não me admiraria nada...
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