Espero não poder confirmá-lo, mas muito me enganaria se, na impensável situação do afastamento precoce do (pelo menos) apuramento para a Liga dos Campeões, eclodisse, como que misteriosamente, um festival de penáltis a nosso favor, justos e forçados, talvez até inventados, e de erros incompreensíveis e expulsões aviltantes, para que os sempre sapientes comentadores da bola, especializados em generalidades e sempre obstinados na costumeira arte de não se ferir susceptibilidades, pudessem afirmar, sem se desmancharem, que “entre o deve e haver tudo se equilibra ao longo de uma época”. E como o que fica é sempre a última impressão, que não se duvide da pronta instrumentalização, desvirtuação e manipulação que os propagandistas do costume empreenderiam, pois a eles nunca lhes basta: haverá sempre um jogo ou temporada seguinte a condicionar.
A profusão de erros de arbitragem penalizantes à nossa
equipa é um atentado à verdade desportiva. O que passou em Moreira de Cónegos
foi inqualificável. Vertonghen levou um tabefe na área adversária, o qual foi absurdamente
ignorado pela equipa de arbitragem. Escassos minutos depois comprovou-se o
enviesamento decisório: lance semelhante, decisão díspar. Não dar penálti a
favor do Benfica facilita.
E Weigl? O vídeoárbitro interveio, sem que se justificasse,
para dar a indicação de que a decisão era passível de revisão. Este reviu e
decidiu mal. E a vida continua, paciência, para a semana há mais.
Enquanto uns fabricam indignação e se expõe ao ridículo e
outros vão cantando e rindo, nós digladiamo-nos para ver qual de nós é mais
célere a apontar debilidades próprias, como se a necessidade de autocrítica,
que existe, ilegitime a defesa aos ataques que nos são dirigidos...
Jornal O Benfica - 19/2/2021
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