Houve quem quisesse a tenda montada. A sucessão de resultados entre o insatisfatório e o mínimo exigível, sem que o teor de dificuldade, o contexto, as exibições em alguns dos jogos ou as incidências das partidas fossem consideradas, acrescida de uma polémica tão artificial quanto insidiosa, prometiam abalar as fundações da nossa equipa de futebol.
Enganaram-se! A tentativa de desestabilização foi engenhosa,
mas não resistiu à realidade e à estabilidade do clube.
Tendo a concordar, no entanto sem convicção plena, com o que
Jorge Jesus afirmou sobre o assunto no que diz respeito à comunicação social.
Em princípio – e sei, face ao que penso e venho observando desde há muitos anos
e tendo em conta a origem das notícias, que teimo em esticar demasiado a minha
corda do benefício da dúvida – , que deve ter existido alguém que levou os
jornalistas a acreditarem que ocorrera uma situação grave no seio do plantel.
A ânsia da cacha, a costumeira falta de rigor jornalístico,
provavelmente o acentuado anti-benfiquismo também, atearam um fogo inexistente,
mais parecendo daquelas lareiras a gás e labaredas postiças, subindo a
temperatura com um fogo que se vê sem arder...
A goleada infligida ao Braga vale, por isso, mais do que os
três pontos conquistados. Não tanto pelos muitos golos marcados, mas pela
grande atitude em campo, que nem sequer foi abalada pelo golo do empate
bracarense ou a substituição forçada de João Mário e Lucas Veríssimo, dois
esteios da equipa. Ficou assim clara a gritante dessintonia entre a realidade e
o que é propalado por certa comunicação social, evidenciando a primeira e
expondo o segundo. Que sirva de ensinamento para o futuro. Eles são como são e
não mudam, cabe-nos avaliar quem merece credibilidade.
Jornal O Benfica - 12/11/2021
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