Não me preocupa o golo solitário da autoria da nossa dupla
de avançados nas três partidas efectuadas. Os espaços aproveitados por Rafa – o
saco de pancada predilecto no futebol português – e Pizzi para somarem já seis
golos não surgem de geração espontânea, sendo determinantes as movimentações de
Seferovic e Raul de Tomás para que os nossos extremos se evidenciem na
finalização.
Porém até poderiam ser dois, ambos de Seferovic, não fosse a
excessivamente zelosa e minuciosa, mas nem por isso acertada, análise do lance
que daria o segundo golo benfiquista no Jamor.
O que se seguiu pareceu uma cena de um episódio especial da
CSI Miami, com participação do protagonista da sua filial em Nova York. Mas não
eram Caruso e Sinise a contracenarem, eram antes Veríssimo e Xistra, duas faces
da mesma moeda, aquela que só no mercado da incompetência tem valor, já que não
acredito que ainda exista o mercado da fruta, cujo chão já deu os cafés com
leite que tinha a dar. Estranha dupla esta que escrutina golos do Benfica até à
exaustão em busca de um detalhe que lhe permita decidir convicta, mas
erradamente.
Apelo, assim, às mais altas instâncias benfiquistas que ordenem
cabelo rapado e unhas cortadas bem rentes aos nossos jogadores. O uso de botas do
número abaixo é recomendável. E, se não for inconveniente, que agendem operações
plásticas de remoção do nariz de cada um dos nossos atletas. Todos os
milímetros contam! E a Lage peço que jogue em 1-9-1, com todos os jogadores
atrás da linha do meio campo, deixando Rafa, partindo de trás, jogar um contra
onze. Continuaríamos a ganhar e talvez não fosse possível que esta dupla
inefável nos anulasse mais um golo por pretenso fora-de-jogo.
Jornal O Benfica - 23/8/2019
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