sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Godinho


Escrevo na terça-feira, antes do jogo decisivo em Salonica. Por isso, resta-me agradecer encarecidamente a Luís Godinho, árbitro do Benfica-Sporting, por colaborar diligentemente na preparação para a contenda na Grécia. A perspectiva de ver a nossa equipa disputar uma partida apitada por Felix Brych, um homem que, há quatro anos em Turim, não sendo banqueiro ou político, conseguiu roubar descaradamente 14 milhões de pessoas, é aterradora. Godinho, no fundo, um bom samaritano, tentou mimetizar Brych, possibilitando à nossa equipa a indispensável preparação táctica, técnica e mental.

Mas Godinho, e é bom que se investigue, não é, pelos vistos, um mero colaborador ocasional do Benfica (alerto, desde já, que esta é daquelas situações que não serão detectadas em emails roubados, pois esses, por mais vasculhados que sejam, nada contêm para além da actividade normal, legal e por vezes até enfadonha de funcionários e dirigentes de clubes que tratam de assuntos normais, legais e por vezes até enfadonhos de clubes). Godinho será antes um competente agente benfiquista infiltrado na arbitragem de futebol, servindo os propósitos encarnados. Ou não é a aposta na formação assumidamente estratégica para o Benfica?

Uma semana antes do dérbi – e, caros dirigentes benfiquistas, já que neste caso se trata de uma estratégia a médio prazo, deveriam tê-lo instruído para disfarçar um bocadinho – o prestável Godinho, em Arouca, formou os nossos jovens atletas na difícil arte de lidar com um adversário que, inadvertidamente, se apresentou em campo com um clássico 4-3-3-apito. Se não estamos perante um claro domínio dos meandros do futebol português, já não percebo nada disto.

Jornal O Benfica - 31/8/2018

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