sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Gedson


Ao contrário do que por vezes se quer fazer crer, o Benfica sempre foi um clube formador de jogadores de futebol bem-sucedido. As raízes são profundas e remontam aos primórdios da sua existência.

No entanto, no final dos anos noventa do século passado, durante a vigência de Vale e Azevedo, a redução do número de equipas revelou-se nefasta. Passados poucos anos, a falta de infra-estruturas durante a transição entre estádios, até ao Caixa Futebol Campus entrar em funcionamento, também prejudicou sobremaneira esta vertente do clube. Acresce que, neste período, o Sporting notabilizou-se neste domínio e o marketing e a comunicação no futebol tornaram-se relevantes. Nesse contexto, só o enorme investimento e a redobrada competência permitiram que o Benfica voltasse a estabelecer-se como o melhor clube português na formação de futebolistas.

O ponto de partida benfiquista no relançamento da formação não se afigurava favorável. Entre outros factores, havia a percepção generalizada de que o Sporting, principalmente mas não só, era o clube mais adequado para proporcionar aos miúdos o cumprimento do sonho de enveredarem por uma carreira profissional de futebolista. Tal se devia à maioria de jogadores nas convocatórias das selecções nacionais jovens e, também, às oportunidades oferecidas na equipa principal (além das infra-estruturas), influenciando decisivamente o talento disponível em cada clube. Esta foi a realidade no passado, já não é a da última década, o que deve ser sobejamente enaltecido.

P.S. Satisfaz-me pensar no Florentino Luís e vislumbrar nele o sucessor de Fejsa. E no Jocú, do Florentino. É notável que haja exemplos como este para várias posições.

Jornal O Benfica - 24/8/2018

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